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Augusto Nunes retorna ao 'Roda Viva' e propõe mudar sua fórmula

Apresentador fala em explorar as contradições de entrevistados

SILVANA ARANTES DE SÃO PAULO

O jornalista Augusto Nunes, 63, volta hoje ao comando do "Roda Viva", programa de entrevistas que ele apresentou entre 1987 e 1989 e cuja fórmula agora quer mudar.

"Acho que a gente tem que mostrar em vídeo as contradições do entrevistado. Se o cara começa a dizer o contrário do que já disse antes, você tem o dever de dizer: Um minutinho, tem uma declaração do sr. que não bate'. Mostra o vídeo e deixa o cara se explicar."

Para Nunes, "o Roda Viva' se consolidou como programa respeitado porque surgiu em 1986, na infância da democracia, e mostrou como é uma entrevista coletiva bem-feita. Viu-se ali o convívio dos contrários. Mas essa fórmula agora não basta".

Falta acrescentar contundência para "fazer as perguntas que devem ser feitas e que hoje são feitas em programas humorísticos", diz ele.

"Não ouvi nenhuma menção aos passeios de helicóptero do cachorro Juquinha em entrevistas com [o governador do Rio de Janeiro] Sérgio Cabral [PMDB]. Ninguém pergunta. Você entrevista o Cabral e trata daquelas manifestações em frente à casa dele como se fosse uma combustão espontânea", afirma.

O tema do programa de hoje será o mensalão, tendo o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr. como entrevistado.

"Sem demérito ao Reale Jr., claro que eu preferiria começar com Lula. Mas ele não respondeu", afirma Nunes.

Hoje os entrevistadores são "[o historiador] Marco Antonio Villa, que escreveu enfaticamente contra os réus do mensalão, Paulo Moreira Leite ["IstoÉ"], que foi mais brando, e Merval Pereira ["O Globo"], que vai pelo caminho do meio. E representantes dos dois grandes jornais, Vera Magalhães [Folha] e Sonia Racy ["O Estado de S.Paulo"]", cita.


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