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Crítica drama

Dupla estreante imprime riqueza de observação a 'Tanta Água'

RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA

No Uruguai, Alberto (Néstor Guzzini), um quiroprático de meia idade, leva seus filhos Lucía (Malú Chouza) e Federico (Joaquín Castiglioni) para uma viagem até as Termas de Arapey, um balneário popular.

Já no carro, paira o constrangimento: pai e filhos não estão mais habituados a conviver desde que Alberto se separou da mãe das crianças.

Na chegada, o desconforto vira frustração: não para de chover, a piscina está interditada pelo risco de raios, e os três são obrigados a coabitar um espaço exíguo, sem grandes opções de entretenimento.

Com pouca trama e muita água, as roteiristas e diretoras uruguaias Ana Guevara e Letícia Jorge, estreantes em longa-metragem, colecionaram prêmios em Berlim, Cartagena, Havana, Miami, Toulouse, Buenos Aires e outras cidades.

"Tanta Água" é aquele tipo de filme em que a modéstia da produção contrasta com a riqueza da observação --virtude associada com frequência ao recente cinema argentino.

Uma visão crítica, mas não condenatória. Guevara e Jorge preferem observar a julgar seus personagens, que vão se revelando mais complexos ao longo do filme.

Embora a proposta estritamente realista do filme tenha suas limitações, "Tanta Água" revela dois talentos promissores e cria expectativa pelo próximo trabalho de suas diretoras.


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