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Trilogia percorre sonhos e medos do mundo medieval

HQ 'Os Companheiros do Crepúsculo' acompanha viagem de aventureiros

Trabalho de François Bourgeon chega ao Brasil em volume único, após hiato de quase três décadas

DOUGLAS GAVRAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,

Tudo o que Mariotte quer é um pouco de paz. Livrar-se dos vizinhos que a chamam de feiticeira, das eternas privações da aldeia e dos limites impostos pela guerra.

Um dia, sua vila é atacada por soldados e ela e o jovem e imaturo Anicet são salvos por um cavaleiro de rosto deformado que se culpa pela morte da única mulher que o amou. Eles precisam seguir viagem e enfrentar seus medos ao longo do caminho.

Essa é a trama de "Os Companheiros do Crepúsculo", trilogia em quadrinhos concebida pelo francês François Bourgeon, 68, e que acaba de ser publicada pela Nemo em um único volume no Brasil.

A obra reúne "O Sortilégio do Bosque das Brumas", "Os Olhos de Estanho da Cidade Glauca" e "O Último Canto das Malaterre", lançados pela primeira vez entre 1984 e 1990.

O livro tem como pano de fundo a Guerra dos Cem Anos, conflito que, entre 1337 e 1453, opôs franceses e ingleses.

Bela e inconsequente, é Mariotte quem conduz o lado místico da narrativa por lendas e mundos de seres mágicos, que não se sabe se são reais ou povoam apenas seus sonhos.

"E existe algo mais irreal que uma guerra?", retruca Bourgeon, ao saber que sua obra seria publicada no Brasil, quase três décadas depois do lançamento original. "Sorte a minha nem tudo levar mais de cem anos."

Ágil, a HQ combina dramas históricos com doses de leve erotismo. A insanidade da guerra parece transbordar com a força da natureza e a aridez dos homens.

Na França, Bourgeon ficou mais conhecido ao publicar a série de quadrinhos "Os Passageiros do Vento" na revista "Circus", em 1979, que conta a saga de uma jovem que se envolve em aventuras ao viajar pelos mares.

Suas HQs já foram premiadas em diversos festivais, como o de Angoulême, na França --espécie de Cannes dos quadrinhos. "Em comum, minhas histórias têm personagens que desafiam o óbvio e prezam pela liberdade", diz.


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