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Racismo, Paulo Coelho e educação esquentam debate em Frankfurt

Ontem no evento, Brasil apresentou seu pavilhão oficial todo feito de papelão em homenagem ao livro impresso

Desistência de Paulo Coelho por falta de 'escritores profissionais' na delegação rendeu piadas entre selecionados

DOS ENVIADOS ESPECIAIS A FRANKFURT

O slogan "Um país cheio de vozes", com o qual o Brasil participa de hoje a domingo como convidado de honra da Feira de Frankfurt, não poderia ser mais adequado. Antes do início do maior evento editorial do mundo, debates sobre o país têm dado o que falar na Alemanha.

Em entrevista a jornal alemão, o escritor Paulo Lins comentou a polêmica sobre um possível racismo na seleção dos autores levados ao evento pelo governo brasileiro. "Sou o único negro da lista. Como não seria racismo?", disse.

A desistência de Paulo Coelho de participar do evento pela falta de "escritores profissionais" na delegação brasileira rendeu piadas entre outros selecionados, que tentavam decifrar o que seria um escritor profissional. Em debate, o escritor Sérgio Sant'Anna brincou que Coelho ficaria deslocado entre os colegas se fosse a Frankfurt.

E chegou à imprensa alemã a informação de que autores se manifestariam ontem, na cerimônia de abertura, contra a situação da educação no Brasil. Em entrevista coletiva, uma jornalista questionou Renato Lessa, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, a respeito.

Em meio a tantas vozes, o Ministério da Cultura surpreendeu ao apresentar seu pavilhão oficial, de 2.500 m², todo em papelão.

"O livro é cada vez menos de papel, mas ele faz parte de uma história de 500 anos", diz Daniela Thomas, que assina a cenografia com Felipe Tassara.

O espaço concentrará a maior parte dos eventos do Brasil, que investiu R$ 18,5 milhões na feira, sendo R$ 10,5 milhões no pavilhão e na programação cultural. Inclui uma grande mesa que emula a marquise do parque do Ibirapuera, em São Paulo, redes para os visitantes e uma área com totens mostrando personagens como Capitu e o analista de Bagé.

Em uma parede, há um imenso Menino Maluquinho, personagem de Ziraldo, pai de Daniela Thomas. Uma estante com livros de brasileiros traduzidos para o exterior inclui uma dezena de obras do desistente Paulo Coelho.


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