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Antunes volta ao palco após fracasso da peça anterior

Diretor entra em cartaz com 'Nossa Cidade', o texto mais montado nos Estados Unidos depois de Shakespeare

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

Criou-se expectativa sobre a encenação de Antunes Filho para "Nossa Cidade", texto que o americano Thornton Wilder (1897-1975) escreveu nos anos 1930.

A expectativa não é só de Antunes, que há dois anos namora este que é conhecido como o texto mais encenado nos EUA (excluindo-se Shakespeare). É também de quem acompanha o trabalho do encenador: Wilder parece um elemento estranho em um repertório voltado a textos brasileiros e tragédias gregas.

"Nossa Cidade" também entra em cartaz após um fracasso assumido de Antunes, que tentou retratar o Oriente Médio com dramaturgia autoral. Ele conta que desistiu de seu último projeto por considerar imaturos os atores que tinha a sua disposição. Para driblar "a catástrofe que foi [o espetáculo sobre o] Oriente Médio", em 2012, encenou "Toda Nudez Será Castigada", de Nelson Rodrigues.

Admirador de Terrence Malick, o diretor agora recorre a possibilidades similares de representação que "A Árvore da Vida" (2011), filme do cineasta americano, ambicionou: núcleos familiares condensam em si um ponto de pulsão da história.

"Nossa Cidade' passa a ser um Continente-Cidade'", explica o diretor, sobre sua adaptação. Ao texto original, ele insere informações sobre guerras ""da Segunda Guerra à invasão no Iraque. Há menção a número de mortos.

A peça tem como centro duas famílias em uma cidade de interior. Os Gibbs e os Webb vivem, no início do século 20, uma vida de pequenas descobertas, com desfechos dramáticos, como se paisagens bucólicas escondessem pesadelos.

Em sua versão, diz Antunes, há um posicionamento sobre "os elementos constitutivo da República norte-americana". A peça investiga o sistema e os mecanismos pelos quais a cultura de um país se infiltrou pela vizinhança.


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