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Crítica - Cinema/Drama

História de amor entre Perón e Evita é contada de forma elegante e equilibrada

SÉRGIO ALPENDRE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Juan e Evita - Uma História de Amor" mostra o início da relação amorosa entre Juan Domingo Perón e Maria Eva Duarte desde o momento em que se conheceram, em janeiro de 1944, até outubro de 1945, quando Perón foi libertado após oito dias na prisão.

O panorama histórico fica em segundo plano, mas o romance entre um militar de forte presença política (que em 1946 se tornaria presidente da Argentina) e uma atriz de formação que, tornando-se a primeira-dama, influenciaria bastante esse governo até sua morte, em 1952, não teria como ser apolítico.

Falam coisas boas da diretora Paula de Luque, especialmente de seu longa anterior, "El Vestido", nunca exibido por aqui, salvo engano. O que nos lembra da triste distância entre o circuito exibidor brasileiro e o cinema dos nossos vizinhos.

Pensando nessa distância, é bom que um filme como "Juan e Evita" seja lançado nos cinemas. Sua direção é contida, equilibrada. A câmera registra os eventos de maneira elegante, sem afetações ou movimentos inúteis. O tom geral é clássico, mais próximo do cinemão europeu do que do musical "Evita", de Alan Parker.

A melhor cena se dá quando Perón e Evita estão sozinhos, fumando, e ele sussurra algo que não ouvimos para ela. Qual é a necessidade do sussurro se não há ninguém ali para ouvir? Ninguém mesmo? Há o público, e a ele é vetado o que pertence unicamente à intimidade do casal (ainda que haja duas breves cenas de sexo no filme).


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