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Crítica - Música erudita

Elenco masculino se sobressai em apresentação de 'Falstaff'

SIDNEY MOLINA CRÍTICO DA FOLHA

Sob direção artística de Emiliano Patarra --que já era regente titular da orquestra desde sua criação, em 2010--, o Theatro São Pedro teve em 2013 uma temporada de óperas que, apesar de enxuta, foi feita com bom senso e competência.

Destaques para "The Turn of the Screw" (A Volta do Parafuso), de Benjamin Britten (1913-76), apresentada em junho, e "Falstaff", em cartaz até 15 de dezembro.

"Falstaff", com direção cênica de Stefano Vizioli e ótimo figurino de Elena Toscano, fala sobre um nobre que se lança a conquistas amorosas.

Um tanto sádicas nos castigos que impingem ao velho Falstaff e no modo como driblam o rico e autoritário Ford, as mulheres, nessa ópera, se saem sempre vencedoras.

O elenco masculino, no entanto, tem mais força, a começar por Jason Budd (Falstaff), muito bem vocal e cenicamente, além de Rodrigo Esteves (extraordinário Ford) e Luciano Botelho (ótimo Fenton).

Entre as mulheres, boas participações de Tati Helene, Mere Oliveira, Chiara Santoro e Alessia Sparacio.

O velho Verdi parece se inspirar nas comédias de Mozart (1756-1791): não são as árias solistas que predominam, mas as permutações camerísticas entre as personagens.

É um culto à vida da vida; tudo está em eterna transformação, e ficar de olho na legenda pode até atrapalhar a escuta: os sentidos estão na música, na dança das notas.


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