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Crítica ficção científica

Aventura melhora quando assume narrativa de games

RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA

Embora fiel ao livro lançado em 1985 por Orson Scott Card, "Ender's Game - O Jogo do Exterminador" lembra sucessivamente "Star Wars", "Harry Potter", "Matrix" e "Tropas Estelares". Ou seja, é um filme com pedigree, mas sem muita personalidade.

As chances de ser recordado no futuro, como as obras a que remete, são pequenas. Mas a ficção dirigida pelo sul-africano Gavin Hood ("Tsotsi") oferece entretenimento satisfatório a adolescentes.

Setenta anos depois que a Terra foi invadida por aliens e salva por um piloto brilhante, um garoto superdotado, Ender (Asa Butterfield), é recrutado e enviado a uma instituição militar no espaço.

Ele é a grande esperança de um coronel para comandar um ataque surpresa aos alienígenas. Mas, antes, enfrentará duro treinamento para provar que está à altura da responsabilidade.

Com coadjuvantes de luxo (Harrison Ford, Viola Davis, Ben Kingsley), "Ender's Game" é uma fábula moral com pretensão de abordar temas complexos, como genocídio, relações de poder e manipulação de crianças por adultos.

Mas é mais bem-sucedido quando, a despeito da origem literária, assume uma narrativa de game, em que Ender tenta superar fases de dificuldade em seu treinamento.

No desfecho, o diretor deliberadamente embaralha real e virtual. O resultado é criativo, mas anticlimático. Videogames são divertidos para quem joga; nem tanto para quem assiste.

ENDER'S GAME - O JOGO DO EXTERMINADOR
DIREÇÃO Gavin Hood
PRODUÇÃO EUA, 2013
ONDE Kinoplex Itaim e circuito
CLASSIFICAÇÃO 10 anos
AVALIAÇÃO regular


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