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Crítica comédia

Longa trata de dilemas universais com linguagem direta e uma boa personagem

CÁSSIO STARLING CARLOS DO CRÍTICO DA FOLHA

Para quem não consegue mais escolher entre o humor pré-programado das comédias brasileiras e os filmes exclusivos para iniciados, o segundo longa de Matheus Souza oferece uma opção.

Após a surpresa de "Apenas o Fim", o novo filme do diretor avança no terreno do minimalismo e insiste na alternativa de baixo custo, com linguagem de compreensão imediata e focado no público jovem, em geral alheio ao que se faz de inventivo ou descartável no cinema brasileiro.

Associada ao apelo instantâneo de Clarice Falcão, a personagem Clara encarna os dilemas universais de quem acaba de entrar na universidade e se pergunta para que mesmo deve servir o esforço.

Em vez de um roteiro em torno de dúvida-sofrimento-superação, o filme se articula numa série de "e se", em que, com uma sucessão de absurdos, Clara ensaia possibilidades para tentar resolver a insolúvel questão "o que quero ser quando crescer?".

Como em "Apenas o Fim", o diálogo continua a ser a principal alavanca.

O progresso em relação ao longa anterior está na ampliação do número e diversidade dos personagens que servem para, sempre com ironia, colocar em dúvida a ideia de aprendizado.

A cada adulto mais ou menos perdido com quem conversa, faz perguntas ou busca extrair algum valor perene, Clara descobre que jovem ou não, bem-sucedido ou fracassado, ninguém de fato tem ideia do que faz com a vida. Então, o melhor é sentar e rir.

EU NÃO FAÇO A MENOR IDEIA DO QUE EU TÔ FAZENDO COM A MINHA VIDA
DIREÇÃO Matheus Souza
PRODUÇÃO Brasil, 2012
ONDE Jardim Sul UCI e circuito
CLASSIFICAÇÃO 10 anos
AVALIAÇÃO bom


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