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Longa romântico de Kate Winslet naufraga

'Refém da Paixão', empreitada mais recente da atriz no gênero, teve bilheteria fraca e passou batida por prêmios

Filme de Jason Reitman, de 'Juno,' narra história de mãe divorciada que se envolve com seu sequestrador

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES (EUA)

No passado, os romances eram o divisor de águas para qualquer aspirante a ator ou atriz de primeira grandeza. Julia Roberts ("Uma Linda Mulher"), Tom Hanks ("Sintonia de Amor") e Leonardo DiCaprio ("Titanic") eram conhecidos, porém ganharam status elevados após suas passagens por "histórias de amor".

A situação agora mudou de curso com a ascensão dos filmes de super-heróis e franquias de ação, que dominam a lista de maiores bilheterias.

"Antes, vários colegas torciam o nariz para longas com explosões e cenas perigosas porque achavam que o drama romântico era mais lucrativo e gerava mais prestígio", lembra à Folha Maggie Q, atriz de "Missão: Impossível 3" (2006) e do inédito "Divergente". "Agora, me ligam para saber como podem estrelar um filme de ação."

Kate Winslet, par de DiCaprio em "Titanic", passou por diversos subgêneros do romance: o indie ("Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças"), o cômico ("O Amor Não Tira Férias") e o dramático ("Foi Apenas um Sonho").

Sua empreitada mais recente no gênero não teve o mesmo o sucesso de bilheteria.

O filme "Refém da Paixão", que estreou quinta no Brasil, fracassou nas bilheterias dos EUA (não cobriu os custos), passou despercebido pelo Festival de Toronto, onde estreou mundialmente, e pela temporada de prêmios.

"Gosto de variar de personagens e gêneros, mas está cada vez mais difícil encontrar roteiros decentes em Hollywood", reclama a atriz.

Ela faz uma mãe divorciada que precisa criar o filho adolescente em uma cidadezinha dos anos 1980, quando se vê sequestrada por um fugitivo prendado (Josh Brolin).

O fracasso de "Refém da Paixão" acompanha uma tendência assustadora para um gênero precioso para Hollywood. Isso porque romances são baratos de serem feitos, não exigem efeitos especiais caríssimos e geralmente atingem um público bem amplo.

Na época do Dia dos Namorados, fevereiro nos EUA, quando estúdios lucram com histórias de amor, o líder de bilheteria foi "Uma Aventura Lego", em sua segunda semana em cartaz. Os romances de verdade fracassaram.

"Um Conto do Destino", com Colin Farrell reencarnando através dos séculos atrás de sua amada, custou US$ 60 milhões e rendeu US$ 8 milhões. Já o remake de "Amor Sem Fim", sucesso de 1981 com Brooke Shields, atingiu US$ 13,3 milhões. O filme estreia 17 de abril no Brasil.

O cenário explica o receio de produtores em dar sinal verde para novos longas do gênero. Em artigo recente, o semanal "LA Weekly" aponta possíveis causas para essa crise: roteiros ruins, atores de peso em fuga e interesse crescente do público por super-heróis ou franquias.


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