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Mostra em SP explora a ditadura como tema central

Caixa Cultural exibirá 17 longas até 6 de abril

DE SÃO PAULO

O propósito inicial era reunir documentários latino-americanos que tratassem de memória e identidade. Mas o tema das ditaduras militares acabou surgindo invariavelmente na maioria dos filmes selecionados para a mostra Silêncios Históricos e Pessoais.

"Não é uma coincidência. Elas são o grande trauma da América Latina", diz o pesquisador argentino Pablo Piedras, um dos idealizadores e curadores do festival organizado pela Caixa Cultural, que começou ontem.

Dos 17 longas escolhidos, 12 recuperam histórias de gente exilada, torturada ou que participou de guerrilhas --tipos comuns à trajetória dos regimes militares vividos por Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.

"Quando se para para pensar na forma como a história entra na vida privada das pessoas, não dá para fugir desse tema", afirma Piedras.

Do Brasil serão exibidos "Em Busca de Iara", que também estreia no circuito comercial hoje, "Diário de uma Busca" (2010), de Flavia Castro, e "Os Dias com Ele" (2012), de Maria Clara Escobar --os três relacionados à ditadura militar (1964-1985).

Esse último acompanha a as tentativas da diretora de fazer o próprio pai, o filósofo Carlos Henrique Escobar, contar sobre as torturas sofridas no período. "É um filme sobre o embate, porque meu pai sempre se negou muito a falar", diz Maria Clara.

No filme de Flavia Castro, a cineasta também quer reconstruir a história do pai, militante de esquerda morto em circunstâncias suspeitas.

Já "Em Busca de Iara", dirigido por Flavio Frederico, mostra Mariana Pamplona investigando a morte da tia, a guerrilheira Iara Iavelberg, companheira de Carlos Lamarca.

Outras três produções argentinas, três chilenas, duas uruguaias e uma paraguaia também versam sobre o tema.

"O Brasil é uma ilha nesse continente", diz Flavio Frederico. "Uma das poucas coisas que nos une aos vizinhos é justamente ter vivido ditaduras."


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