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Globo tenta salvar faixa das 19h com 'Steve Jobs nacional'

Novela conta história de brasileiro que fez fama e fortuna no Vale do Silício

'Geração Brasil', de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, substituirá trama que teve baixos índices de audiência

ISABELLE MOREIRA LIMA DE SÃO PAULO

Depois da tentativa fracassada de emplacar a aventura como gênero forte da faixa das 19h, a Globo se volta mais uma vez à comédia.

Em 5 de maio, estreia "Geração Brasil", novela que traz o tema da tecnologia para um dos horários mais complicados da emissora hoje.

A atual "Além do Horizonte", que tentou inovar com autores estreantes (Carlos Gregório e Marcos Bernstein)e ao levar a aventura para o horário, registrou uma das piores audiências da faixa.

Chegou a ter média de 14 pontos nos primeiros capítulos, segundo o Ibope (cada ponto representa 65 mil domicílios na Grande SP), e hoje oscila entre 18 e 20 pontos. A última novela da faixa a ter boa audiência foi "Cheias de Charme" (2012), que atingiu 30 pontos.

Em "Geração Brasil", a volta à comédia é clara. Quem conduz a história é uma espécie de Steve Jobs brasileiro, que atende por Jonas Marra, vivido por Murilo Benício.

Escrito por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, a mesma dupla de "Cheias de Charme", o folhetim tem cenas gravadas na Califórnia, onde o protagonista fez fama e fortuna ao criar um computador popular nos anos 1990.

Filipe Miguez, coautor da novela, reconhece que o horário é difícil. "As pessoas ainda estão chegando do trabalho, esquentando o jantar. Não é como a faixa das 21h, que já pega a pessoa no sofá. Às 19h temos que pegar a audiência no laço", diz.

Segundo ele, no entanto, a Globo não fez nenhum tipo de recomendação especial sobre o horário. O que está decidido é que esta não será uma novela longa, uma nova diretriz da dramaturgia dada pelo diretor-geral Carlos Henrique Schroder. "Não fechamos o número de capítulos, mas sabemos que terá média duração", afirma Miguez.

Izabel de Oliveira nega que a novela tenha sido antecipada para "apagar incêndio" e levantar audiência. Diz que o projeto é debatido desde o fim de "Cheias de Charme".

Quanto ao tema da tecnologia, pouco usual em novelas, o desafio é falar bem para iniciados e leigos.

"A novela não é um tratado sobre tecnologia. É uma história de gente. Mas o meu radar particular diz que as pessoas têm muita curiosidade e querem se conectar. A dona de casa quer entender o que o filho faz ali cutucando esse smartphone, que ela não sabe o que é", diz Miguez.

"A história fala de relações humanas. E a gente percebeu que a tecnologia está mudando isso. É uma novela que vai falar para os jovens, e, para os não jovens, vai mostrar que a tecnologia não é um bicho de sete cabeças", afirma Izabel de Oliveira, que tem na filha de 14 anos uma de suas principais consultoras.

FILME SEM LEGENDA

Murilo Benício, o protagonista, diz que não acha que o tema seja hermético para o público. "Eu vejo muito filme em inglês sem legenda e perco uma coisa ou outra. Mas a história eu não perco. Não precisa ser tudo explicadinho. O que importa é a história ser boa", afirma.

Embora seja reticente em dizer que o seu personagem é um "Steve Jobs brasileiro", Benício diz ter estudado a vida do criador da Apple. "A ideia da novela é muito fantasiosa. Mas, sim, eu li tudo sobre ele [Jobs] e aprendi muito. O personagem não é ele, mas tem coisas dele."


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