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Crítica comédia

'Palácio Francês' começa bem, mas insiste numa única piada

Diretor Bertrand Tavernier é desleixado ao tentar fazer humor pela 1a vez

RICARDO CALIL CRÍTICO DA FOLHA

Primeira comédia do francês Bertrand Tavernier, 72, em cinco décadas de carreira, "O Palácio Francês" promete, no início, uma boa sátira sobre a irracionalidade do poder.

O filme acompanha o jovem Arthur Vlaminck (Raphael Personnaz), contratado pelo ministro das Relações Exteriores (Thierry Lhermitte) para escrever seus discursos.

Mas o ministro --vaidoso, obcecado por marcadores de páginas e citações de Heráclito-- nunca fica contente com o discurso para uma assembleia da ONU e pede que Vlaminck o reescreva dezenas de vezes, dando ordens contraditórias e herméticas.

Para decifrar o ministro, Vlaminck buscará a ajuda dos pitorescos assessores do ministério, enfrentará a burocracia do governo, deixará a namorada em segundo plano.

O comportamento errático e extravagante do ministro rende bons momentos de humor verbal, mas aos poucos fica claro que o filme todo se baseia na repetição da piada.

Com isso, a moral da história --uma França perdida em seu papel internacional, mais interessada na imagem do que na substância, afogada em burocracia-- se torna reiterativa e redundante.

Artesão competente em filmes como "Um Sonho de Domingo" (1984) e "Por Volta da Meia-Noite" (1986), Tavernier se mostra um pouco desleixado em "O Palácio Francês".

Um aviso: o chamariz da presença de Julie Gayet (suposta amante do presidente François Hollande) no filme é ilusório; seu papel, de assessora do ministro, é pequeno.

O PALÁCIO FRANCÊS
(QUAI D'ORSAY)
DIREÇÃO Bertrand Tavernier
PRODUÇÃO França, 2013
ONDE Reserva Cultural, Playarte Bristol e Espaço Itaú Augusta
CLASSIFICAÇÃO não informada
AVALIAÇÃO regular


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