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Crítica - Música

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Novo disco não envergonha o legado de Michael Jackson

Coletânea de inéditas do cantor, morto em 2009, surpreende com coesão

CANÇÕES QUE O ASTRO NÃO CONSIDEROU BOAS PARA ENTRAR EM LPS TÊM MAIS QUALIDADE DO QUE 99% DO POP FEITO HOJE

ANDRÉ BARCINSKI ESPECIAL PARA A FOLHA

Michael Jackson é um fenômeno: mesmo morto, continua lançando discos melhores do que muito cantor vivo. Isso porque suas sobras, canções que ele não considerou boas o suficiente para entrar em LPs, têm mais qualidade do que 99% do pop feito hoje.

"Xscape" é a segunda coletânea de material inédito lançada depois da morte de Jackson, em 2009 (a primeira foi "Michael", de 2010).

São oito faixas, gravadas entre 1983 e 1999, que foram modificadas --o termo usado pela gravadora é "contemporizadas"-- pelo produtor Timbaland. Para ajudá-lo a dar nova roupagem às faixas, Timbaland juntou um "time dos sonhos" de produtores do pop moderno, incluindo Jerome "J-Roc" Harmon, Stargate e Rodney Jenkins.

O resultado é um disco surpreendentemente coeso e orgânico, em que as intervenções da produção se encaixam bem nas canções e não tentam aparecer mais do que deveriam.

Timbaland sabe que está mexendo em território perigoso --afinal, são músicas de um dos maiores gênios que o pop conheceu-- e teve a preocupação de não pesar a mão na produção.

A edição "deluxe" do disco traz 17 músicas --as oito canções produzidas por Timbaland e equipe, as oito versões originais, algumas gravadas apenas com voz e piano, e mais uma versão de "Love Never Felt So Good" com vocais de Justin Timberlake. É fascinante comparar as "demos" com as músicas finalizadas.

Para quem se interessa por produção, o disco traz ainda um documentário de 23 minutos sobre a gravação de "Xscape", em que a equipe fala do desafio de fazer algo "que agradasse a Michael, e com o qual ele concordaria".

E, para os fãs, "Xscape" não soa apenas como sobras de estúdio lançadas para ganhar um trocado, mas como um disco inédito do "Rei do Pop". Está longe de ser um "Thriller" ou um "Off the Wall", mas não envergonha o legado de Jacko.


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