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Varella não crê em astrologia porque 'leonino é cético'

CRISTINA GRILLO ENVIADA ESPECIAL A PARATY (RJ)

Eletróns, prótons, mutações de bactérias e outros temas complexos para a maioria das pessoas se transformam em assuntos simples e compreensíveis quando se tem Marcelo Gleiser, professor de física e astronomia no Darthmouth College, nos Estados Unidos, e Paulo Varella, professor no Planetário de São Paulo, para explicá-los.

Os dois dividiram uma mesa, "Ouvir Estrelas", neste domingo (3) na Flip.

Gleiser começou comparando a tenda do evento à Caverna de Platão, aquele lugar onde escravos acorrentados só podem olhar para a frente, fazendo com que, para eles, realidade seja apenas o que têm permissão para ver.

"Nós também temos visão limitada da realidade. Como os escravos de Platão, o que vemos é fração mínima da realidade", disse.

Exemplificou mencionando o que chamou de "momento estranho" pelo qual passa a cosmologia.

"Sabemos do que o universo é feito, mas o que captamos é 5% do que existe lá fora. Estamos cercados por um mistério escuro".

Paulo Varella, cujas aulas sobre observação do céu no Planetário de São Paulo são disputadíssimas, reclamou do que chamou de poluição da iluminação urbana, que prejudica a observação.

"As luminárias são voltadas para cima. Atrapalham a observação, perturbam o sono dos pássaros nas árvores", disse, recebendo de volta gargalhadas e aplausos.

"Não acredito em astrologia, nós de leão somos muito céticos", disse, despertando mais risos. Em tom mais sério, afirmou que procura não destruir a crença de ninguém, mas dar informações científicas sobre planetas para que as pessoas meditem sobre isso e decidam se eles influenciam ou não a vida.


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