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Crítica - Drama

Humor e desejo dão a 'Meteora' algo mais do que beleza estética

RICARDO CALIL COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O início de "Meteora" deixa a impressão de que veremos um filme "portfólio". Ou seja, uma obra cuja principal motivação é mostrar como seu diretor filma bonito.

Temos um cenário arrebatador e uma história minimalista: um monge e uma freira ortodoxos vivem uma história de amor clandestino. E temos planos longos, diálogos esparsos, cenas de animação e documentais intercalando a ficção --recursos que, de tão repetidos, perigam se tornar chavões do filme de arte.

Mas há um momento no meio de "Meteora" em que a impressão se dissipa como que por encanto. Em um piquenique, a freira e o monge riem das diferenças entre o sotaque russo e o grego para a palavra "desespero".

Eles estão falando da angústia da própria situação, mas encontram uma maneira de se libertar dela, pelo humor e pelo desejo.

São esses dois elementos que vão libertar o filme de uma pompa, que vão lhe emprestar uma vida além da estética. A partir desse entendimento, fica mais fácil render-se à beleza de "Meteora".


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