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Crítica - Aventura

Piadas bobas e efeitos ruins afundam 'Tartarugas Ninja'

DOUGLAS LAMBERT EDITOR-ASSISTENTE DA "TV FOLHA"

"As Tartarugas Ninja", dirigido por Jonathan Liebesman, não é um filme tão ruim como muitos imaginam.

Deixando de lado a falta de lógica do roteiro, a incapacidade dos atores de interpretar e a direção inexistente, é até bom!

Principalmente para aqueles que se conformam com sequências de ação minimamente compreensíveis, senso de humor infantil e uma única cena inspirada.

Como quase todo blockbuster de hoje em dia, "Tartarugas" é uma adaptação. Não dos quadrinhos originais, mas da série animada da década de 1980.

Foi lá que Leonardo, Rafael, Michelangelo e Donatello ganharam cor e personalidade, além de aliados como a repórter April O'Neil (no filme, interpretada por Megan Fox) e sua equipe de TV.

O que poucos sabem é que a série nasceu exclusivamente para vender bonequinhos. Em preto e branco, obscuro e quase cult, o quadrinho era extremamente difícil de comercializar.

Para facilitar o marketing, foi criado o desenho que marcou a infância e o bolso de muita gente.

Mas dessa fonte em que muitos já beberam --foram mais de uma dezena de adaptações nas mais diversas mídias--, o novo filme parece preocupado apenas com a verdadeira origem da franquia: vender brinquedos, já que todo o resto é péssimo.

Os efeitos visuais lembram um jogo de videogame de baixo orçamento, repleto de movimentos labiais mal sincronizados.

O roteiro (escrito por três pessoas!) está mais preocupado em criar piadas bobinhas do que amarrar algum tipo de história.

Já as motivações e questões existenciais dos personagens são tão frágeis que um bom psicólogo poderia resolvê-las em menos de duas sessões.

Nada disso, no entanto, parece importar. A bilheteria americana no final de semana de estreia já foi suficiente para garantir a continuação, marcada para o meio do ano de 2016. Pelo menos a sessão para a imprensa é gratuita, o que me livra de culpa.


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