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Espetáculo festeja universo 'bagaceira' em boate do Rio

Trupe de quatro atores faz performances, canta paródias de músicas populares e desenterra clássicos esquecidos

Depois de fazer sucesso na noite carioca, grupo estuda levar o show para algum inferninho da rua Augusta em SP

LUIZA FRANCO DO RIO

"Daqui a pouco isto aqui vai virar uma pista de patinação no gelo, gente", dizia Luis Lobianco, ator do canal de humor no YouTube Porta dos Fundos, sobre um palco de, no máximo, 10 m².

Estava para começar o espetáculo "Buraco da Lacraia Cabaré on Ice", que acontece às sextas-feiras, no Buraco da Lacraia, um inferninho na Lapa, bairro boêmio do Rio.

Pista de gelo, não teve, mas sim um cabaré de videoquê burlesco e desbundado.

Em pouco menos de duas horas, a trupe formada por Lobianco e pelos também atores Leticia Guimarães, Éber Inácio e Sidnei Oliveira desenterra hits esquecidos como "Cadeira de Rodas", de Fernando Mendes --sobre o amor de um homem por uma cadeirante--, e os intercala com paródias de canções facilmente reconhecíveis.

A música tema de "Aladdin", o sucesso da Disney, vira uma narrativa sobre o Saara, um centro de comércio popular no Rio, equivalente à rua 25 de Março, em São Paulo.

Durante o número, Lobianco, alto e corpulento, usa uma fantasia de tapete que simula perninhas de Aladdin.

Ele descreve o show como "um cabaré brasileiro, de beira de estrada mesmo".

O número de abertura, "Entra No Meu Buraco", é uma paródia do hit gospel "Faz Um Milagre em Mim", de Regis Danese. Os atores cantam a música com emoção --um deles veste uma toga rosa com o logo da marca de refrigerante "Guaraná Jesus", enquanto imagens de videoquê são exibidas.

ÁLCOOL

Durante o show, um garçom se espreme entre o público, que lota uma sala de cerca de 30 m², com uma garrafa de cerveja na mão. O ingresso --R$ 35 até as 23h e R$ 40 após-- dá direito a bebida liberada. Por onde passa, mãos segurando copos de plástico brotam em frente ao seu rosto.

É o tipo de lugar onde os atores podem ser vistos, antes de entrar em cena, já vestidos de penas, brilho e frufrus, passeando pela boate, encostados no bar ou sentados nas mesas de plástico que ficam do lado de fora.

Na plateia, jovens, estudantes de teatro e desavisados.

O álcool é o catalisador, tanto da plateia quanto dos atores. Eles dizem que começam a beber assim que chegam ao Buraco. "Quando não posso beber, finjo que estou bêbado", diz Lobianco.

Depois do sucesso na noite carioca, a equipe negocia levar o "Cabaré on Ice" para um inferninho igualmente bagaceiro na rua Augusta, em São Paulo, mas ainda não há previsão de estreia.


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