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Virtuose do violino, Maxim Vengerov toca no Municipal

Músico russo de 40 anos executa sonatas 'passionais' com o pianista albanês Vag Papian neste domingo (24)

Atração também se apresenta em 1º/9 no Rio de Janeiro, com a Orquestra Sinfônica Brasileira

RAFAEL GREGORIO DE SÃO PAULO

O russo Maxim Vengerov se apresenta neste domingo (24) no Theatro Municipal de São Paulo e, no dia 1º/9, no do Rio de Janeiro. Virtuose do violino, será acompanhado pelo pianista albanês Vag Papian e, no Rio, pela Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).

De Berna, na Suíça, Vengerov falou à Folha um dia depois de seu aniversário, na quarta (20), quando fez recital a ser lançado em DVD em 2015. "Eu não queria celebrar os 40 anos, mas agendaram e não percebi", diverte-se.

Nascido em Novosibirsk, na Sibéria, ele estudou com o violinista Zakhar Bron, que treinou nomes como Vadim Repin e Gwendolyn Masin.

Pensado "para plateias passionais", o programa parte da solar "Sonata em Lá Maior", de César Franck (1822-1890), contrastada pela sombria "Sonata nº 1 em Fá Menor, Op. 80", de Prokofiev (1891-1953). A segunda parte, ele diz, tem "peças curtas de autores lendários, como Paganini", presente em "Caprice nº 24".

No Rio, o russo ainda executará obras de Tchaikovsky (1840-1893), como o "Concerto para Violino em Ré Maior, Op. 35, TH 59", em sessão com a OSB sob regência de Roberto Minczuk.

Após uma contusão no ombro em 2008, que o afastou do palco por três anos, Vengerov passou a reger. Ele já conduziu a Filarmônica de Berlim e concluiu um curso com Yuri Simonov, diretor da Filarmônica de Moscou. Papian, seu primeiro professor de condução, "é mestre em ditar o humor", diz Vengerov.

No período em que ficou sem tocar, ele também começou a dar aulas --ainda o faz na Royal Academy, em Londres, e na Menuhin Music Academy, em Berna.

E como é ensinar? "A responsabilidade é muito maior", afirma. "Uma palavra do professor pode melhorar ou destruir um aluno."

Outra paixão são os instrumentos --seu violino titular é um mítico Stradivarius Kreutzer, de 1727, um dos quatro ainda existentes. "É como um duplo casamento", descreve o russo, que vive em Mônaco com a mulher e duas filhas.

Filho de pai que tocava oboé em uma filarmônica e mãe que ensinava piano e voz em orfanatos, Vengerov foi o primeiro músico erudito a ser embaixador pela Unicef, em 1997. Já tocou em países como Turquia, Uganda e Brasil. Neste domingo, parte da renda será revertida à Instituição Beneficente Israelita TenYad.


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