Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Crítica - Aventura

Novo Hércules fica entre 'Conan' e 'Gladiador'

Reinterpretação do famoso herói mitológico troca criaturas fantásticas por lutas com espadas e intrigas do poder

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Quem entrar no cinema para ver algo como "Fúria de Titãs" ou "Conan, o Bárbaro", com dragões, monstros alados e outras criaturas fantásticas, vai se decepcionar.

Quem buscar a sofisticação de um "Gladiador", no qual Ridley Scott injetou uma trama de disputa política entre lutas sangrentas na arena, também pode torcer o nariz.

Pois "Hércules" é um pouco de cada um desses, e vai agradar bastante a um tipo de público: o fã de alguma aventura que precisa apenas de um fiapo decente de história para ancorar cenas de batalha espetaculares.

O diretor Brett Ratner já assinou 25 trabalhos entre cinema e TV. Nunca se destacou para o público --o melhor de seu currículo é ter produzido a série "Prison Break". Mas é um artesão competente no mercado, e é só disso que uma produção como "Hércules" necessita atrás das câmeras.

Importante mesmo é ter alguém com estofo certo para o papel. Dwayne Johnson, já estabelecido como astro de ação anos depois de brilhar na luta livre americana como "The Rock", funciona.

Em outra comparação com "Gladiador" e "Conan", ele não é e nunca será um Russell Crowe, mas se sai melhor do que Arnold Schwarzenegger.

Seu Hércules é um guerreiro fortão, que vaga por aí com a fama (ou lenda?) de ser filho de Zeus e ter enfrentado os monstros mais absurdos em 12 missões heroicas.

Ele e alguns comparsas são contratados por um nobre para que treinem seu exército e partam para a luta contra outro tirano poderoso. Hércules é um soldado da fortuna a serviço de senhores da guerra.

Na verdade, o roteiro poderia dar ao personagem outro nome e dispensar a história dos 12 trabalhos, tal o distanciamento que propõe da figura conhecida de Hércules.

É o que fez o diretor Guy Ritchie com Sherlock Holmes e a Warner com Superman na série de TV "Smallville": um personagem tão diferente da versão clássica que chega a ser questionável sua utilização.

Mas "Hércules" é um desfile de sequências de batalhas empolgantes, com os quesitos básicos: vilões sádicos, umas bonitinhas no elenco (a sueca Rebecca Ferguson e a norueguesa Ingrid Bolsø Berdal) e o herói imbatível (apesar da ridícula pele de leão que Johnson veste em algumas cenas).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página