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Análise

Programação do próximo ano é mais ousada do que a atual

SIDNEY MOLINA CRÍTICO DA FOLHA

Se Mahler (1860-1911) foi escolhido para abrir e fechar a temporada 2015 da Osesp, Brahms (1833-1897) e Schoenberg (1874-1951) foram brindados com minifestivais intensivos, análogos aos que são realizados pelas filarmônicas de Berlim e Nova York.

Antes de romper as fronteiras da tonalidade, Schoenberg escreveu os ambiciosos "Gurre-Lieder". Escolha pessoal do regente Isaac Karabtchevsky, a obra será o ponto alto de uma semana dedicada ao compositor austríaco.

Schoenberg considerava Brahms um de seus precursores, e as quatro sinfonias do músico de Hamburgo serão apresentadas em apenas duas semanas pela titular Marin Alsop.

Também Mendelssohn (1809-1847), Scriabin (1872-1915), Richard Strauss (1864-1949), Toru Takemitsu (1930-1996) e o dinamarquês Carl Nielsen (1865-1931) --cuja obra tem sido reavaliada internacionalmente-- serão destaques ao longo do ano da nova temporada.

Um programa instigante será regido pelo maestro finlandês Osmo Vänskä com as sinfonias nº 6 e nº 7 de Sibelius (1865-1957) --fechando a sua integral iniciada há dois anos --e contendo ainda a estreia de uma obra para coro e orquestra de Aylton Escobar, feita por coencomenda da Osesp com a Fundação Gulbenkian de Lisboa.

PRESTÍGIO

Trazer o badalado compositor americano John Adams, 67, como visitante é sinal inequívoco do prestígio da Osesp. Formado pelas vanguardas da Guerra Fria, ele embarcou na contracultura californiana dos anos 1970 e, pouco a pouco, encontrou uma voz autoral que ajudou a música clássica a se reaproximar do público.

A temporada 2015 é mais ousada e parece ter mais unidade do que a atual. Mas a qualidade maior é a sua própria existência, a persistente presença na cidade de uma programação musical de excelência que se renova a cada semana.


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