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Cartunistas contam ter 'gaveta de ideias'

Laerte, Adão e Pedro C. conversaram sobre quadrinhos com crianças na 'Roda da Folhinha', anteontem no MAM

Os quadrinistas da 'Folhinha' deram boas-vindas a garotos que vão assinar coluna e ilustração no caderno

DE SÃO PAULO

De onde os cartunistas tiram tantas histórias para fazer as tirinhas que são publicadas no jornal? Pois elas podem vir de uma "gaveta de ideias", de um banho e até de uma louça suja.

É o que contaram os quadrinistas Adão, 49, Laerte, 63, e Pedro Cobiaco, 18, que participaram da "Roda da Folhinha", no último domingo (12), no MAM (parque Ibirapuera), em São Paulo.

"Não há como não ter ideias. Depois de anos de trabalho, você se acostuma. Eu escrevo todas as que tenho em papeizinhos que depois guardo em uma gaveta. Ou então vou tomar um banho ou caminhar para arejar a cabeça", contou Adão.

Laerte disse que costuma lavar a louça para estimular a criatividade. "Mas nada surge sem leitura. Quanto mais a gente lê, mais comida damos ao nosso cérebro e mais ideias aparecem", disse. "Já eu deixo para fazer a tira na última hora. A história acaba aparecendo, quase como um desabafo", afirmou Pedro C.

Os três conversaram com crianças e adultos da plateia e com Laura Mattos, editora da "Folhinha", e Fabio Marra, editor de Arte da Folha.

Os artistas, que assinam as tiras da "Folhinha", não acreditam que haja muita diferença entre criar histórias para crianças e adultos. "Nunca penso que estou desenhando para crianças", disse Adão. De acordo com Laerte, o segredo é conversar com o público infantil com o mesmo respeito com que se fala com os adultos. "Não gosto daquelas pessoas que dizem para a criança, por exemplo, que o elefante é um au-au grande. É um elefante!", falou.

Além dos cartunistas, participaram da "Roda" Pedro Coelho, 10, novo ilustrador da "Folhinha", e Bruno Napoleão, 11, primeiro a assinar Ideias..., coluna que estreou no caderno e será escrita a cada mês por uma criança.

Ao lado dos famosos cartunistas, Pedro ouviu dicas de desenho e contou não estar se sentindo pressionado por ter que fazer uma ilustração por semana para o jornal. "Não me preocupo, estou curtindo muito", disse.

"Desenhar nasce com a gente. O importante é treinar, sem se preocupar em publicar ou não", falou Laerte às crianças da plateia que queriam dicas de como começar a publicar suas ilustrações.

Um deles era Lucas Santo Amori, 10. "Sou fã da Folhinha', sempre leio as tiras do Laerte, do Adão e do Pedro Cobiaco. Era um sonho encontrá-los pessoalmente", contou. O garoto, que coleciona livros de quadrinhos e quer ser cartunista quando crescer, aproveitou a oportunidade para tirar uma dúvida: "Zezo [personagem de Adão] foi inspirado no Ozzy [de Angeli]?". "Nunca tinha pensado nisso. Mas, como eu sempre copio o Angeli, é bem possível", brincou Adão.

Já Letícia Santos, 9, esperou o evento terminar para mostrar a Laerte seu caderninho cheio de desenhos. "Os quadrinhos dele são os meus favoritos", disse a menina, após o cartunista sentar ao lado dela, olhar todas as ilustrações e desenhar a personagem Lola em uma das páginas. "Fiquei emocionada."


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