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SPFW menos pirotécnica chega ao fim com brilho

Desfiles das marcas mais comerciais trouxeram as maiores surpresas

Sem grandes cenários ou sofisticação, grifes concentraram-se no que sabem fazer melhor sem perder a novidade

VIVIAN WHITEMAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A miniedição outono-inverno 2013 da São Paulo Fashion Week tinha tudo para ficar esquecida como uma temporada "menor": apenas três dias de duração, estrutura e tempo de produção menores, desfalques no line-up grifes sobrecarregadas (neste ano, esta foi a terceira edição do evento, que normalmente tem apenas duas). Mas uma boa surpresa aconteceu.

Mesmo sem grandes cenários nem pirotecnia, as grifes foram capazes de apresentar boas e fortes imagens de moda. Valeria dizer que essa temporada foi uma espécie de prova de fogo para as marcas: o desafio era apresentar coleções interessantes em condições menos favoráveis que as de costume.

O que parece ter acontecido é que, nessas condições, as grifes voltaram-se para o núcleo forte de seus repertórios. Apostaram no certo, no que sabem fazer, sem que por isso tivessem perdido o brilho ou a novidade.

Um bom exemplo disso é a Osklen, que abriu o evento, se apresentou diante das paredes brancas de uma galeria, num pequeno espaço. Os modelos fizeram várias entradas, para que fosse possível ver e fotografar tudo de vários ângulos. Foram poucos looks, mas todos eles trabalhados com materiais e técnicas sofisticadas. O minimalismo jet-setter da grife foi bem representado e as peças cresceram diante dos olhos da plateia.

Alexandre Herchcovitch também fez um desfile discreto, mas marcante. Suas flores encarceradas em jardins estão entre as imagens mais bonitas e melancólicas da estação. Porque todo momento de síntese envolve um pouco de melancolia.

As grifes chamadas de comerciais foram as que mais surpreenderam.

A Colcci, sem Ashton Kutcher ou outra celebridade (apenas a top Alessandra Ambrósio) mostrou sua melhor e mais bem-acabada coleção.

A Triton mostrou que sua estilista Karen Fuke avança a passos largos na direção da linha de frente do evento.

A Ellus, mesmo sem os megacenários e os aparatos tecnológicos de outros carnavais fashion, mostrou que basta um tema polêmico, roupas muito bem cortadas e luzes apagadas para fazer barulho.

Reinaldo Lourenço desgarrou-se do grupo, por questão de datas, e fez o único desfile de ontem, na Faap, numa espécie de "after-hours".

A temporada termina em ritmo de tourada, porque em março do ano que vem, a SPFW sincroniza as suas datas com o calendário internacional e passa a acontecer depois da semana de moda parisiense. Diante dos olhos mais atentos do mundo, será a hora de encarar a fera e esperar a plateia gritar "olé!".


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