Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mix Brasil começa 20ª edição em São Paulo de cara nova

Festival de diversidade sexual vai além do cinema e aposta também em peças teatrais, literatura e música

Documentários sobre repressão a gays e longa sobre garoto de programa de 40 anos estão entre destaques

IURI DE CASTRO TÔRRES DE SÃO PAULO

O Festival Mix Brasil não é mais um adolescente, mas ainda está longe da meia-idade. Inquieto como o jovem adulto que é, aos 20 anos resolveu mudar.

O maior festival cultural latino-americano da diversidade deixou para trás a programação exclusiva de cinema e aposta, na edição que começa hoje, em vários locais da cidade, também em música, teatro, literatura e festas.

Ao lado dos 36 longas internacionais e 51 curtas brasileiros, o Mix apresenta a estreia do documentário "A Volta da Pauliceia Desvairada", sobre a noite gay paulistana, e representações de "Inferno na Paisagem Belga", da companhia de teatro Os Satyros.

O Centro Cultural São Paulo recebe a Balada Literária, com o escritor Marcelino Freire e peças temáticas. Também haverá sessões de filmes ao ar livre e em estações de metrô.

"Crescer foi uma necessidade", diz André Fischer, um dos idealizadores do Mix. "O público de festivais está envelhecendo, e trazer novas atrações atrai gente nova."

Entre 2010 e 2011, por exemplo, o público do festival cresceu de 30 mil para 45 mil pessoas ao investir em novidades. Para este ano, a expectativa é ultrapassar esse número.

A própria questão da diversidade mudou -deixa de ser apenas sexual e aborda diferenças de idade, cor etc.

Até o famoso Show do Gongo, um dos eventos mais esperados do Mix, passou por recauchutagem. A apresentadora Marisa Orth não vai mais "gongar" apenas filmes amadores mas também apresentações de "stand-up comedy", performances e uma batalha de "bate-cabelo".

A maratona LGBT começa hoje com a exibição do longa belga "Caminho das Dunas", sobre um garoto apaixonado pelo amigo na década de 1970.

Outros destaques internacionais são "Nosso Paraíso", de Gaël Morel, sobre um prostituto de 40 anos, e os documentários "Meu Nome É Kuchu", que conta a história de um ativista gay assassinado em Uganda, e "O Homem Invisível", sobre homossexuais palestinos que buscam asilo em Israel.

As sessões de curtas, que tinham a mesma temática, agora se dividem, por exemplo, em "Crescendo com a Diversidade", para o público infantil, e "Mulheres Fodonas", sobre personagens femininas fortes, não necessariamente homossexuais.

"Ninguém aguenta mais filmes sobre gays saindo do armário", diz Fischer. "O desafio é se manter relevante dentro de novas discussões sobre sexualidade, como a velhice e gays que agora são pais."

O Mix Brasil também terá uma edição no Rio, que acontece entre 22/11 e 1º/12.

20º FESTIVAL MIX BRASIL
QUANDO de 8/11 a 18/11
PROGRAMAÇÃO mixbrasil.org.br


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página