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Em 'Luzes da Ribalta', Chaplin enfrenta a glória e o ocaso

Filme de 1952, que narra história de um comediante em crise, marca o fim da produção do humorista britânico nos Estados Unidos

DE SÃO PAULO

Chaplin estava próximo de completar 60 anos quando começou a trabalhar no roteiro de "Luzes da Ribalta" (1952), sua última produção feita nos Estados Unidos.

O filme conta a história de um amor impossível entre um comediante que não consegue mais fazer o público rir e uma bailarina paralisada pelo medo de dançar.

O longa é o décimo volume da Coleção Folha Charles Chaplin e chega às bancas no próximo domingo, 18/11.

Nele, o ator e diretor revisita suas origens artísticas e presta uma homenagem aos humoristas dos velhos tempos, contracenando com Buster Keaton (1895-1966), seu maior concorrente.

O filme evoca um sonho, mas também revela um dos maiores medos de Chaplin: o de se afastar de seu público.

Em 1952, Chaplin volta à Inglaterra para o lançamento de "Luzes da Ribalta". É a segunda vez que retorna a seu país natal desde 1912, quando foi viver nos Estados Unidos. Na ocasião, milhares de pessoas lotaram os cinemas europeus para ver o filme.

"Luzes da Ribalta" não era um filme político, mas títulos anteriores feitos pelo britânico, mais críticos ao capitalismo, como "Monsieur Verdoux" (1947), levaram organizações anticomunistas a pedir que as distribuidoras e o público "livrassem do mundo a figura de Charles Chaplin".

Após ser acusado de "ações antiamericanas", Chaplin descobriu que precisava de autorização para retornar aos Estados Unidos, onde vivera por quatro décadas.

"Sou um internacionalista. Não posso ser nacionalista, porque o nacionalismo provoca guerras", disse ele.

Chaplin nunca mais atuou em solo norte-americano. Com a estreia de "Luzes da Ribalta" na Europa, ele decidiu se estabelecer na Suíça.

Vinte anos mais tarde, com as mudanças no clima político mundial, Chaplin retornou aos Estados Unidos para receber um Oscar honorário. Emocionado, foi reverenciado e aplaudido de pé.


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