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Obra do Complexo Cultural Luz está prevista para 2013

Artistas criticam projetos do Estado na região; secretaria diz que levou cerca de 800 mil pessoas ao bairro entre janeiro e outubro

DE SÃO PAULO

Ao propor uma relação direta entre produção artística e espaço urbano, o diretor do grupo Pessoal do Faroeste, Paulo Faria, critica as ações do Estado e da prefeitura na região.

"Não queremos uma Nova Luz. Queremos a Luz, simplesmente", sintetiza.

Paulo defende que os moradores da região, muitos ameaçados com ações de despejo por causa do programa de desapropriações previsto no projeto da Nova Luz, sejam incluídos nos projetos culturais e nos debates de reforma urbana.

"A arquitetura da Sala São Paulo não inclui essa população", julga ele. "É um lugar para outro público, que passa pela região sem estabelecer relação com ela."

Em resposta, a Secretaria Estadual de Cultura diz que equipamentos culturais como a Pinacoteca, a Estação Pinacoteca e a Sala São Paulo ocuparam prédios históricos, o que limita alguns tipos de intervenção.

INVESTIMENTOS

Além da Sala São Paulo (inaugurada em 1999) e da Pinacoteca (reaberta ao público em 1998), a secretaria pretende construir na região o Complexo Cultural Luz, com projeto dos arquitetos suíços Herzog & De Meuron.

O edifício tem "como uma de suas características fundamentais a relação com o entorno", explica a secretaria, por e-mail.

O projeto, também chamado de Teatro da Dança, está em pauta desde 2009 e vai ocupar o quarteirão onde antes era o endereço da rodoviária da cidade e, depois, de um shopping, que foi demolido em 2010.

O edital de licitação para a escolha da empresa gerenciadora da obra foi lançado no dia 2 de novembro e deverá ser concluído até o fim deste ano.

A previsão é de que a obra seja iniciada no segundo semestre de 2013. O custo estimado é de R$ 400 milhões.

Ainda segundo a secretaria, os equipamentos culturais mantidos hoje pelo Estado na região da Luz e do Bom Retiro mantêm atividades voltadas ao morador da região, às escolas e às organizações comunitárias.

Entre janeiro e outubro deste ano, estes equipamentos trouxeram ao bairro um público estimado em 800 mil pessoas, divulga. Também fazem parte do circuito o Museu da Língua Portuguesa e a Escola de Música do Estado de São Paulo. (GF)


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