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Para urbanistas, artistas inspiram direito à cidade

DE SÃO PAULO

Ações culturais que ocupam o espaço público são sempre bem-vindas, defende o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, Valter Caldana.

"Hoje, a cidade faz cada vez mais parte do nosso cotidiano. Deixaremos de viver em casa para viver mais tempo na rua. O século 21 é o século do espaço público", defende o urbanista.

A retomada de áreas degradados não é um fenômeno exclusivo de São Paulo. Processos similares ocorreram em toda a Europa. "Mas não com as dimensões trágicas da cracolândia", diz ele.

O urbanista considera que situações em Nova York nos anos 1980 se assemelham mais ao que houve aqui. "E os movimentos culturais foram atuantes lá também", diz.

A degradação do espaço urbano acontece por deficiência do uso, explica Caldana. "Se há apenas um tipo de uso [só escritórios, por exemplo], esse lugar passa a ter problemas."

O urbanista aprova a criação de um polo cultural na região da Luz pelo Estado, mas aponta que equipamentos como a Sala São Paulo e a Pinacoteca carecem de um projeto de integração. "Falta um elemento ali, que é o uso do espaço público. Eu vou à Sala São Paulo, mas saio dali e vou embora, não fico no bairro", explica.

FESTAS

Segundo Ermínia Maricato, urbanista da FAU-USP, ações culturais podem incluir a realização de festas, como as que o núcleo Voodoohop tem produzido na avenida São João e no Minhocão.

Maricato lembra que "estamos em um momento em que o espaço tornou-se mercadoria". "Cada metro hoje é disputado", diz. "A arte tem a capacidade de lembrar que temos direito à cidade", diz. (GF)


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