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Sambista Mariene de Castro estreia em SP

Cantora mostra repertório de seu segundo disco, "Tabaroinha", de 2012

MARCO AURÉLIO CANÔNICO DO RIO

Defina "música popular da Bahia" em uma palavra e são grandes as chances de você pensar em "axé". Mas há um ritmo muito mais antigo, que experimenta agora um renascimento: o samba.

Na linha de frente desse resgate do samba está a cantora Mariene de Castro, 34, que tenta replicar no resto do país o sucesso alcançado em Salvador com o disco "Abre Caminho" (2004). Mariene estreia hoje em São Paulo com o repertório de seu segundo CD, "Tabaroinha" (2012).

Também está nas rádios com "Amuleto da Sorte" e na trilha sonora da novela "Lado a Lado", da Globo, com "Isto É Bom", de Xisto Bahia (1841-1894). Em dezembro, chega ao Canal Brasil com "Ser de Luz", homenagem a Clara Nunes (1942-1983) que será lançada em CD e DVD.

SAMBISTA

Seu bom momento atual é a culminação de um processo que começou há 15 anos, quando ela deixou a carreira de backing vocal. Seu padrinho foi o compositor baiano de samba Roque Ferreira.

"Quando Roque me viu cantar pela primeira vez, disse: 'Menina, você é sambista. Pega essa bandeira, que é sua'", conta. "Eu sabia que ela tinha muito talento, era uma mulata bonita, jovem", diz Ferreira. "Ela resgatou o samba na Bahia."

Não foi um resgate simples. "Fazia shows em lugares pequenos, pagava com a bilheteria, sem patrocinador nem empresário", diz ela. "As pessoas me diziam: 'Baiano não vai entender o que você faz, o povo não vai consumir'. Como não? Isso vem do povo."

Estabelecida em casa, começou a se aventurar em outras terras, com o apoio de figuras como Beth Carvalho. "Há muito tempo não me emocionava tanto com uma cantora", diz Beth. "Ela tem um timbre belíssimo e um repertório impecável."

Hoje, Mariene diz entender por que foi escolhida. "A dor dos negros está na minha ancestralidade, e esses ancestrais falam em mim."


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