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Painel luminoso mostra o trabalho de VJs na Paulista

Galeria de Arte Digital Sesi-SP cobre fachada de prédio a partir de amanhã

Formado por milhares de lâmpadas LED, telão exibe obras de artistas brasileiros e estrangeiros até 31/12

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

Um projeto artístico ancorado em luzes periga ser confundido com a decoração natalina da avenida Paulista.

Preste atenção, portanto, à tela que será inaugurada amanhã na fachada do edifício da Fiesp. Ela não tem nada a ver com os espalhafatosos adornos que se tornaram tradição nas comemorações de fim de ano em São Paulo.

O que brilha ali -sob o nome de Galeria de Arte Digital Sesi-SP- é um painel luminoso moldado à face frontal do prédio. Formada por 26.241 "clusters", cada um deles com quatro lâmpadas LED, sua superfície tem área de 3.700 m².

A inauguração da imensa tela digital é com imagens criadas por artistas nacionais e estrangeiros. São, em sua maioria, VJs veteranos já conhecidos entre artistas que se dedicam a pesquisar o uso de tecnologia na arte.

PROGRAMAÇÃO

Motoristas e pedestres poderão ver no telão o trabalho do VJ Spetto, artista habituado a projetar vídeos na arquitetura da cidade. Uma de suas últimas apresentações foi na Bienal de São Paulo.

O trabalho que Spetto exibe agora representa "frequências magnéticas e interferências de sinais de antenas da região". São imagens abstratas criadas em estúdio pelo próprio artista.

No time de VJs estrangeiros escalados pelas curadoras Marília Pasculli, de São Paulo, e Susa Pop, da Alemanha, estão Esteban Gutierrez, da Colômbia, Antoine

Schmitt, da França, e a dupla Mar Carnet & Varvara Guljajeva, o primeiro da Espanha e o outro da Estônia.

A obra de Schmitt será um dos destaques do festival. Com o título de "Luz do Sono da Cidade", o projeto utiliza um software para traduzir, em imagens, estatísticas sobre a vida na cidade.

O software, criado pelo próprio artista, coleta códigos que se referem, por exemplo, ao fluxo de automóveis nas ruas da capital ou ao volume de transações bancárias. No fim do dia, após a consolidação dos dados, esses códigos são convertidos em pulsações de luz branca.

Todos os pontos luminosos piscam juntos, e a intensidade é determinada pela composição das informações colhidas. "Será como observar os batimentos cardíacos da capital a cada noite", diz a curadora Pasculli.

As projeções de Schmitt são as que abrem a bateria de projeções a cada noite.

Um outro software, criado pela dupla Carnet & Guljajeva, faz a conversão de dados relativos ao uso do Facebook e do Twitter em toda a cidade. A variação dos números dita o ritmo de um metrônomo digital.


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