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Crítica / Biografia

Memórias familiares negam espaço ao lado musical do maior gênio da guitarra

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Quem não conhece a obra de Jimi Hendrix não deve buscar informação na biografia escrita por seu irmão. Ela não serve para isso. Na verdade, serve para quase nada.

Para Leon Hendrix, seu irmão é mais do que um herói. É praticamente um deus, e assim o músico é tratado. A narrativa tenta transformar fatos familiares corriqueiros em sinais de iluminação.

Hendrix não é Buda para ser retratado assim. Mas é o maior nome da guitarra que o mundo conheceu e o livro não dá essa dimensão.

Desconhecido na Inglaterra, Hendrix foi para Londres em setembro de 1966 e, em um mês, suas apresentações na noite criaram um mito.

Um show teve na plateia, entre outros, Jeff Beck, Eric Clapton, dois dos Rolling Stones, dois dos Beatles e todos os integrantes do The Who.

Mais talentoso dos Stones, Brian Jones sentenciou: "Isso não é guitarra, é outra coisa, muito mais louca e bonita". Pete Townshend, líder do Who, disparou: "Depois de ver esse cara, eu não toco mais guitarra!".

Falta ao livro transmitir essa unanimidade em torno do gênio. O biografado é muito maior do que a biografia.


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