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Crítica

Gabinete do Desenho traz à tona importante coleção de SP

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

Recém-inaugurado, o Gabinete do Desenho integra um conjunto de 14 equipamentos espalhados pela cidade, que incluem do Monumento do Ipiranga à Casa Modernista. O conjunto se chama Museu da Cidade de São Paulo e é gerido pela pasta de Cultura do município.

O novo espaço expositivo ocupa a Chácara Lane, uma típica construção da elite paulistana do século 19, construída fora dos limites da então pequena cidade e que servia essencialmente para lazer.

O palacete restaurado recebe a coleção em papel do município, que tem origem na seção de arte da Biblioteca Mário de Andrade, na gestão de Sérgio Milliet, em 1945.

Com obras como o álbum "Jazz", de Matisse e desenhos de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti, entre outros, essa iniciativa, anterior à criação do Masp, em 1947, e do Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1949, revela-se, então, como a primeira coleção modernista da cidade, condição que o Gabinete do Desenho vem sublinhar.

EXPOSIÇÕES

Na abertura, o local recebe duas exposições, ambas organizadas por Agnaldo Farias, incumbido também de criar as diretrizes para a instituição.

A arquitetura das duas mostras ficou a cargo de Marta Bogéa, que respeitou o projeto original da Chácara Lane e criou paredes expositivas que preservam a visão do projeto original da casa.

No primeiro andar, encontra-se "Da Seção de Arte ao Prêmio Aquisição: A Gênese do Gabinete do Desenho".

Trata-se de um apanhado histórico da coleção pública, por meio de 30 obras expostas, além de outras dezenas que podem ser manipuladas em arquivos.

Estão exibidos trabalhos de estrangeiros de renome, como Fernand Léger e Miró, e brasileiros como os modernistas Tarsila e Di Cavalcanti e as contemporâneas Jac Leirner e Carmela Gross.

Já no segundo andar, encontra-se "Desenho Esquema Esboço Bosquejo Projeto Debuxo", investigação mais livre sobre o uso do desenho para além da obra de arte.

É o caso dos estudos para a revista "Daytripper", assinados por Gabriel Bá e Fábio Moon, ou dos desenhos para cenários de "Castelo Rá-Tim-Bum", realizados por Andrés Sandoval, Akira Goto e Joe Ogasawara, sob a supervisão de Vera Hamburguer e Clóvis Bueno.

Entre o convencional e o experimental, as primeiras mostras do Gabinete do Desenho revelam um novo espaço que traz à tona uma importante coleção e revela-se ainda local de prospecção.


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