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Desenho tenta ser o 'Toy Story' dos games

"Detona Ralph", da Disney, troca os brinquedos usados por jogos eletrônicos clássicos e vira festival de referências

O diretor e animador Rich Moore estreia no estúdio do Mickey após anos trabalhando em "Os Simpsons"

DE SÃO PAULO

Em uma das melhores sacadas de "Detona Ralph", diversos vilões de games clássicos, como Rei Koopa, de "Super Mario Bros.", e Zangief, de "Street Fighter", formam um grupo de autoajuda.

Eles não suportam mais a vida de maldade eletrônica, apanhando dos heróis comandados pelos jogadores, e desafogam a mágoa.

Mas conseguir esses personagens, pertencentes a companhias diferentes, não foi fácil. "Conversamos honestamente sobre como usaríamos cada um deles, mostramos até os storyboards", explica o diretor Rich Moore, que faz sua estreia na Disney após anos em "Os Simpsons".

O Ralph (voz original de John C. Reilly) do título é um dos insatisfeitos com o status imutável dos videogames. Dá nome à própria máquina de fliperama, mas vive só, já que é o vilão do jogo.

"A dificuldade do longa foi criar um vilão não tão malvado ao ponto de virar antipático para o público", conta Moore, 49, fanático por games desde criança.

"Eu basicamente passei meu colegial jogando 'Pac-Man'. Meus pais quase ficaram insanos", brinca. "Por isso que topei fazer 'Detona Ralph', para trazer essas minhas memórias de volta."

Como uma espécie de "Toy Story" dos videogames, o desenho animado brinca com velhos jogos abandonados (há vários protagonistas que viraram mendigos) e com a ideia de como é difícil também para um game manter-se relevante por alguns anos.

Na tentativa de ganhar uma medalha para ser reconhecido como um herói, Ralph invade outras máquinas, inclusive a moderna "Hero's Duty", mistura de "Gears of War" e "Halo", dois games que são um sucesso hoje em dia.

"É impressionante o quanto esses jogos evoluíram em tão pouco tempo desde 'Doom' [título pioneiro, de 1993]. Hoje, as histórias dos games são tão boas quanto as de um filme", diz o animador.

Para os mais velhos, o longa é um festival de referências. Há um bar retirado de um jogo politicamente incorreto chamado "Tapper", de 1983, e a participação do DJ superstar Skrillex.

"Ele adora animações e adorou sua versão digital", conta Moore, que afirma não ter pensado em chamar outro DJ, Deadmau5, conhecido por usar uma máscara parecida com a do Mickey.

"É uma ótima ideia para a sequência."


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