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Carlos Canhameiro estreia dois trabalhos na cidade

Autor atua em 'Concílio da Destruição' e escreveu "Ensaio sobre a Queda"

Espetáculos tratam do valor das obras de arte no mundo atual e da revisão existencial de um ativista morto

GABRIELA MELLÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Carlos Canhameiro vê neste mês dois espetáculos darem forma física a seus escritos.

Estreia amanhã "Concílio da Destruição", no Sesc Pompeia, montagem do Les Commediens Tropicales na qual ele, além de autor do texto, é ator e divide a função de diretor com os demais integrantes do grupo.

Em 25 de janeiro, reinaugura a sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo com "Ensaio sobre a Queda", peça de sua autoria dirigida por Marcelo Lazzaratto.

Apesar de iniciar o ano com sua faceta de escritor em destaque, ele confessa rejeitar o rótulo "autor teatral". "Na verdade, considero-me bem pouco um dramaturgo", diz.

Canhameiro está mais preocupado com a encenação do que com seus textos. Sua obra dramatúrgica reflete isso. Busca uma multiplicidade de visões para potencializar a montagem.

"Livro as duas peças de uma única visão de mundo. A fragmentação e a multiplicidade de situações ampliam as percepções dos acontecimentos ali expostos", diz ele.

"Concílio da Destruição", peça finalista do prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia de 2010, apresenta um mundo superlotado de obras de arte.

Cada país terá que escolher cinco obras para serem preservadas. As demais deverão ser destruídas. "É uma brincadeira com as valorações do mercado da arte. Do mercado dos homens", explica.

Ele acredita que a encenação acrescenta camadas à peça, aprimorando-a. Diferentes visões sobre o valor da arte são apresentadas.

INQUIETAÇÕES

A cena surge como um local de criação. É ao mesmo tempo um estúdio de TV, de fotografia, de cinema e de música. "Busquei várias formas de ver uma obra ser criada e destruída em cena", diz.

A sobreposição de visões também dá o tom de "Ensaio sobre a Queda", peça inspirada no italiano Carlo Giuliani, manifestante morto por um policial durante os protestos contra a reunião de cúpula do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo), ocorrida em Gênova em 2001.

"A peça apresenta-nos um caleidoscópio de imagens e reflexões sociopolíticas carregadas de inquietações", diz Lazzaratto.


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