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Após 14 anos, Joaquim Goulart volta a atuar em 'O Abajur Lilás'

Montagem une drama de Plínio Marcos e tragédia de Eurípedes

MARCIO AQUILES DE SÃO PAULO

Após um hiato de 14 anos sem atuar, Joaquim Goulart volta aos palcos hoje com a peça "O Abajur Lilás ou Uma Medeia Perdida na Augusta?".

O ator e diretor -que integrou a Companhia de Ópera Seca de Gerald Thomas por cinco anos- havia atuado pela última vez em "Medeia É um Bom Rapaz", na reinauguração do teatro Augusta, cuja restauração ele próprio idealizou e administrou.

Resolveu unir suas experiências teatrais na concepção desse novo espetáculo. "Parti de minha relação com Medeia, com a rua Augusta e com Plínio Marcos, já que havia encenado outras duas peças do autor", afirma Goulart, que atua e dirige a montagem.

O fio condutor é o texto "O Abajur Lilás", de Plínio Marcos. Goulart representa o cafetão Giro, que explora três prostitutas em seu bordel.

Paralelamente, interpreta também um ator catatônico, que por sua vez incorpora Medeia. Essa tripla identidade foi a maneira que Goulart encontrou para prestar uma homenagem ao teatro. "Eu queria sentir conexões fortes com os personagens que faço."

As prostitutas Célia, Dilma e Leninha em certo momento também assumem papéis da tragédia de Eurípedes.

Os planos de interpretação são emulados pela cenografia, composta por uma cama de casal, representando o meretrício, e uma de solteiro, fazendo as vezes de alcova de Medeia e de divã do consultório psicanalítico onde o personagem do ator é atendido.

"De forma metafórica, esses dois planos representam uma divisão de mundo, e o abajur está no centro dessa separação. O bordel significa o mistério, o sagrado que está em todos os lugares", diz.


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