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"Argo" é o vencedor em Oscar dividido

Filme baseado em história real de americanos resgatados durante revolução no Irã bate "Lincoln", maior derrotado

Favorito, Spielberg perde prêmio de melhor diretor para Ang Lee, cujo "As Aventuras de Pi" levou 4 troféus

FERNANDA EZABELLA DE LOS ANGELES

Duas aventuras de tirar o fôlego, uma num registro vintage no Irã dos anos 1970 e outra rodada em 3D em alto mar, foram os grandes vencedores da 85ª edição do Oscar, na noite de ontem, numa das disputas mais acirradas dos últimos anos.

"Argo", sobre um agente da CIA em busca de americanos foragidos em Teerã, ficou com três estatuetas douradas, incluindo melhor filme.

O principal prêmio da noite foi anunciado pela primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, ao vivo da Casa Branca.

Em 80 anos de premiação, apenas outro trabalho ganhou o Oscar principal sem ter sido indicado a direção ("Conduzindo Miss Daisy", em 1990).

Antes disto, o mesmo aconteceu apenas com "Asas", em 1929, e "Grande Hotel", em 1932.

Ben Affleck, diretor, protagonista e um dos produtores, nunca foi indicado por atuação, mas já tinha um Oscar pelo roteiro de "Gênio Indomável"(1997).

TIGRE

Já o épico "As Aventuras de Pi", sobre um garoto dividindo um barco com um tigre após um naufrágio, levou melhor direção para Ang Lee, que já tinha uma estatueta da categoria pelo drama gay "O Segredo de Brokeback Mountain" (2005) e outra indicação por "O Tigre e o Dragão" (2000).

O longa de Lee, vencedor também de fotografia, efeitos visuais e trilha sonora, foi o que mais rendeu nas bilheterias do mundo entre os nove indicados ao principal Oscar, com o equivalente a mais de R$ 1 bilhão em ingressos vendidos.

"Lincoln", que liderava a disputa com 12 indicações, acabou com apenas melhor ator para Daniel Day-Lewis e direção de arte.

Outro perdedor foi "O Lado Bom da Vida", apenas com melhor atriz Jennifer Lawrence, que levou um tombo ao subir as escadas para receber o Oscar.

"Os Miseráveis" rendeu Oscar a Anne Hathaway, além de mixagem de som e maquiagem.

Algumas surpresas da noite foram os dois prêmios para "Django Livre", roteiro original para Quentin Tarantino e ator coadjuvante para Christoph Waltz. Esta foi a segunda estatueta dourada para o diretor americano e para ator austríaco, cuja primeira foi com outro longa de Tarantino, "Bastardos Inglórios" (2009). "Quentin escreve poesia e eu gosto de poesia", disse Waltz, 56.

O Oscar de animação para "Valente" também surpreendeu. O longa da garotinha ruiva bateu o favorito "Detona Ralph".

Como esperado, Adele ganhou melhor canção por "Skyfall", de "007 - Operação Skyfall", enquanto documentário venceu "Searching for Sugar Man", sobre a busca por um músico americano misterioso que muitos achavam estar morto.

VELHICE

Outro previsto era o franco-austríaco "Amor", um retrato duro da velhice dirigido por Michael Haneke, com Oscar de filme estrangeiro.

Esta foi a primeira estatueta do diretor austríaco de 70 anos, após perder em 2010 com "A Fita Branca" para o argentino "O Segredo dos Seus Olhos".

Ele agradeceu ao elenco, à equipe de filmagem e principalmente a sua mulher, com quem tem trabalhado pelos últimos 30 anos. "Ela é o centro da minha vida", disse.

O apresentador da festa foi o comediante Seth McFarlane, criador do desenho "Uma Família da Pesada". Ele apareceu numa esquete vestido de freira voadora e dando em cima da atriz Sally Field.

Programa de TV dos anos 60-70 "A Noviça Voadora" e indicada por "Lincoln". No final, os dois se beijaram na boca. Em outra esquete, em homenagem a "O Voo", personagens feitos de meias pilotavam um avião, enquanto um deles cheirava cocaína.


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