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Peça de companhia brasileira se inspira em física quântica

Com texto do autor britânico Nick Payne, "Universos" faz brincadeira com variações de uma mesma cena

Com estreia hoje em SP, encenação é a primeira da série "Trilogia do Amor", do grupo teatral Núcleo Experimental

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

Cena 1: eles se conhecem, vão para a casa dela, transam, ela não o convida a dormir ao seu lado, e esse provavelmente é o fim da peça.

Cena 2: a situação é retomada de seu início, e então eles transam, dormem juntos e iniciam um relacionamento duradouro. A peça continua.

Um mesmo quadro da peça "Universos" -que estreia hoje no teatro do Núcleo Experimental- chega a ter quatro, cinco variações, desembocando em uma cena seguinte, cujo leque de proposições volta a se abrir em inúmeras possibilidades.

É um tipo de dramaturgia parecido com a do filme alemão "Corra, Lola, Corra", de Tom Tykwer, só que com mais variações, mais recortes e maior complexidade.

O texto do autor britânico Nick Payne em sua origem procura representar "uma possível interpretação da mecânica quântica surgida no final da década de 1950", diz o físico Paulo Reimberg, que prestou consultoria para o diretor da montagem, Zé Henrique de Paula. A teoria considera a possibilidade da existência de muitos universos além do que conhecemos.

Segundo essa interpretação, continua Reimberg, "em termos bastante gerais, todos os possíveis resultados de um experimento seriam observados em algum universo, e o número de universos seria tão enormemente grande quanto mais complexas fossem as experiências".

A peça faz parte de uma série que Henrique chamou de "Trilogia do Amor", que inclui "Ou Então Você Podia Me Beijar", de Neil Bartlett, e "Nossa Música", de Abi Morgan, previstas para este ano.


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