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Cais das artes

Voltado para formação de pessoas e de acervo, Museu de Arte do Rio será aberto amanhã

FABIO CYPRIANO ENVIADO ESPECIAL AO RIO MARCO AURÉLIO CANÔNICO DO RIO

Um museu voltado à formação, tanto de pessoas quanto de um acervo público de obras de arte. Essa é a missão a que se propõe o Museu de Arte do Rio (MAR), que abre as portas amanhã, aniversário da cidade, em evento para convidados, incluindo a presidente Dilma Rousseff.

Primeiro dos quatro museus públicos que o Rio vai ganhar nos próximos anos -os demais são o do Amanhã, o da Moda e o novo Museu da Imagem e do Som-, o MAR ocupa dois prédios na zona portuária, que serão abertos ao público a partir de terça.

A integração entre arte e educação é a meta do museu: não por acaso, visitantes entram no espaço pelo prédio da Escola do Olhar -área educativa que atenderá alunos e professores da rede pública- para chegar às exposições.

"É um museu da cidade para sua população", diz Paulo Herkenhoff, 63, diretor cultural do MAR. "Se for bom para a rede pública, será bom para os cidadãos e os turistas."

Planejado para abrigar coleções privadas em exposições temporárias, a instituição mudou de característica com a chegada de Herkenhoff e passou a ter como meta criar um acervo próprio.

O MAR estreia com cerca de 3.000 obras, entre elas uma escultura de Aleijadinho, a primeira na coleção de um museu carioca, e um quadro de Tarsila do Amaral.

Suas quatro exposições inaugurais, no entanto, ainda são baseadas em coleções particulares, como as do casal Fadel e a de Jean Boghici -reduzida por um incêndio que atingiu a cobertura do colecionador no ano passado.

EXEMPLO DA PINACOTECA

Erguido ao custo de R$ 79,5 milhões, o MAR é uma parceria da prefeitura com a Fundação Roberto Marinho, à qual o município destinou cerca de R$ 62 milhões, por serviços nos dois prédios.

Do custo total, R$ 14 milhões vieram por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac); o museu tem a Vale e as Organizações Globo como patrocinadoras.

Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, além de impulsionar a revitalização da zona portuária, o museu foi pensado para dar ao Rio "um equipamento parecido com a Pinacoteca de São Paulo."

"A prefeitura não tinha nenhum museu de porte. O MAR permite, nesse primeiro momento, pelo menos expor acervos privados que estavam escondidos por aí", diz.

A decisão de deixar a administração a cargo de uma OS (Organização Social), escolhida por edital, faz parte da estratégia de "institucionalizar" o museu, deixando-o menos sujeito às mudanças no comando da cidade.

A OS vencedora foi o Instituto Odeon, de Minas Gerais, que receberá R$ 12 milhões anuais da prefeitura. O contrato vale por dois anos, renovável por mais três. Para manter as atividades artísticas e educativas, buscará mais R$ 13,6 milhões via Lei Rouanet -o montante, já autorizado, está em fase de captação.

Por contrato, o MAR deve atender um mínimo de 2.000 professores da rede pública e receber ao menos 200 mil visitantes em seu primeiro ano.


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