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Crítica Comédia

Mediano, 'A Parte dos Anjos' pesa a mão na sátira, mas ainda vale a ida ao cinema

DO CRÍTICO DA FOLHA

Quem conhece o trabalho de Ken Loach pode estranhar "A Parte dos Anjos". O filme começa como mais um drama realista típico do cinema engajado dele, mas logo se torna uma comédia leve, e a mudança de tom surpreende.

A história envolve diversos presos que são condenados a prestar serviços comunitários. Um deles, Robbie, é um jovem pai, que já estivera preso por tentativa de homicídio e que tenta reconstruir sua vida de maneira honesta.

Os presos fazem uma excursão a uma destilaria, onde aprendem segredos de fabricação de uísque. E Robbie, ao perceber que tem um olfato apurado, se interessa por conseguir um trabalho nisso.

O interesse leva Robbie e alguns de seus "colegas" a um leilão de um uísque raríssimo, onde surge a oportunidade de um golpe que pode render muito dinheiro.

Ken Loach não é exatamente um estranho às comédias, mas seu cinema é costumeiramente cinzento e carregado de denúncia social.

O que mais surpreende em "A Parte dos Anjos" é a abrupta reviravolta no tom, o que causa um certo estranhamento no espectador.

O início é promissor, contando o passado sombrio de Robbie. Mas Loach mostra uma mão pesada para sátira, e o filme se perde em uma trama cômica que não funciona.

"A Parte dos Anjos" é um filme mediano de Ken Loach, o que ainda justifica a ida ao cinema.

(AB)


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