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Estoque é maior nas regiões mais caras

Distritos de classe média e alta concentram unidades à venda e o valor do metro quadrado chega a R$ 12 mil

Momento é bom para descontos, mas oferta elevada nem sempre implica abatimento no preço do imóvel

DE SÃO PAULO

A distribuição das unidades à venda não ajuda quem quer economizar na compra do imóvel. Isso porque elas estão concentradas principalmente em regiões onde o metro quadrado é mais caro.

Nessa lista dos distritos mais valorizados e com maior quantidade de imóveis novos ainda não vendidos, encontram-se Campo Belo, Vila Mariana e Itaim Bibi.

Regiões próximas a locais de alto padrão, porém, também concentram estoque elevado, mas com preços mais baixo -e ainda assim, em geral, acima da média da cidade, de R$ 7.320, segundo a Lopes Inteligência de Mercado.

"A Saúde está encostada na Vila Mariana, um dos bairros mais desejados, só que morar na Vila Mariana é mais caro", diz Alessandra Calefo, da incorporadora You.

O metro quadrado dos apartamentos custa R$ 10.530 no bairro, 23% a mais que na Saúde, segundo a rede imobiliária Brasil Brokers. Também na zona sul, o Jabaquara tem preços ainda menores.

Já a Vila Andrade, na zona sul, lidera em estoque, com 1.712 unidades, segundo a Geoimovel. "A pessoa quer morar no Morumbi e, pelo preço, vai para a Vila Andrade, perto dali. As construtoras aproveitam e lançam muito lá", diz Amanda Cordeiro, diretora do site "Imovelweb".

DESCONTOS

Mas vale a pena pechinchar em bairros com estoque elevado? Para Luiz Paulo Pompeia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), todas as regiões oferecem chance de "descontos significativos", independentemente do bairro e da quantidade de unidades à venda.

Nem sempre um distrito com muita oferta, porém, tem preços mais convidativos, já que pode haver uma diversidade grande de produtos, tipologias (número de quartos) e padrões, sem que um determinado perfil de imóvel esteja "sobrando" no mercado.

"Sempre que tem estoque, o cliente tem a percepção de que pode negociar, mas as incorporadoras são bem controladas e têm custo. Descontos são mais atrelados à forma de pagamento, como uma entrada maior", diz Mario Miozzo, da incorporadora BKO.

Um motivo para as empresas lançarem mais em bairros de alto padrão é que neles os clientes absorvem melhor as elevações de preço. "Preço alto chega a parar a venda no segmento econômico, mas no médio e alto padrão diminui, mas não para", diz Miozzo.

Na lista dos dez distritos com mais estoque, encontram-se também a Mooca e o Tatuapé, na zona leste, e Santana, na zona norte, com foco em alto padrão.

"Quando fui pesquisar, havia muitos prédios em volta e que custavam mais de um milhão e com pelo menos 130 m². O meu era um dos mais baratos. Foi o que cabia no bolso", diz o gerente de importação e exportação Marcos Mellone, 34, que se mudou no ano passado para um apartamento de 91 metros quadrados em Santana.

Vizinho da Vila Andrade, Campo Limpo é o único distrito com estoque alto e com metro quadrado abaixo de

R$ 5.000. Ele entrou na mira do mercado principalmente em razão da linha 5-lilás, do metrô, que passa pelo bairro e deve se integrar à linha 2-verde em 2015.


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