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Ciberarquiteto

Arquitetura interativa

Durante os protestos na avenida Paulista, prédio da Fiesp deu exemplo de interação com o meio

Entre as imagens que circularam das manifestações recentes na avenida Paulista, no centro de São Paulo, as mais recorrentes tinham como pano de fundo o icônico edifício da Fiesp-Ciesp-Sesi, de 1979, do arquiteto Rino Levi, que oportunamente estampava a bandeira do Brasil.

Desde o ano passado, esse edifício abriga a primeira "mídia fachada" do Brasil, a Galeria de Arte Digital do Sesi-SP, que promete apresentar em sua imensa tela urbana novas formas de expressão de arte digital.

Essa foto da bandeira gigante multiplicou-se nas redes sociais e na imprensa na semana passada, reforçando os edifícios como meio para comunicar conteúdos em imagens, vídeos e iluminação.

Arquitetos, designers e artistas em diversos países têm utilizado novas tecnologias digitais para criar experiências interativas na escala da cidade, em edifícios e monumentos que reagem a estímulos, questionando o futuro da nossa relação com o ambiente urbano.

O artista eletrônico mexicano Rafael Lozano-Hemmer, por exemplo, desenvolve instalações que transitam entre a arquitetura e a performance. Na obra "Body Movies", que desde 2001 vem sendo recriada em diferentes cidades como Roterdã, Lisboa, Liverpool e Hong Kong, sombras gigantes dos pedestres são projetadas na fachada de um edifício e, como um game, revelam imagens de outros pedestres, evocando um senso de intimidade com o prédio.

Ao contrário de algumas torres de TV e edifícios em São Paulo que fazem uso de LED -trocando de cor e piscando freneticamente como um ornamento carnavalesco-, muitas experiências revelam o potencial que a arquitetura interativa tem em estimular nossos sentidos e ampliar a nossa percepção com o meio.

Edifícios que abrigam arte pública ou informam a temperatura e a qualidade do ar podem reagir a barulho, movimento e toque, por meio de aplicativos para celular e sites na internet, como um verdadeiro grafite digital.

São obras que indicam que a arquitetura, hoje em dia, não se faz mais apenas com formas, luzes, cores e materiais, mas também com sensores, microcontroladores, softwares e hardwares.


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