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Oferta ainda não dá conta de demanda por compacto

Apartamentos menores geram disputa por locação, mas preço alto assusta

Quadro se agrava perto de estações de metrô e de universidades e em regiões nobres ou centrais da cidade

DE SÃO PAULO

Os imóveis menores são os preferidos da maioria dos clientes, mas a sua oferta é bastante inferior à demanda. E o quadro se agrava perto de estações de metrô e de universidades e em regiões nobres ou centrais da capital paulista.

Segundo levantamento do portal VivaReal, com base em buscas na internet e em 1,8 milhão de anúncios, as residências de até dois dormitórios são procuradas por 77% dos interessados em alugar um imóvel, mas a disponibilidade corresponde a 50% do total.

No caso do um-dormitório, a diferença entre a procura e a oferta é ainda mais intensa, tornando esses produtos os mais disputados, caros (por valor do metro quadrado) e com locação mais rápida.

"Gente do Brasil inteiro vem para São Paulo estudar, trabalhar e fazer residência", diz Roseli Hernandes, da imobiliária Lello.

"A procura é enorme e em alguns bairros dá para contar nos dedos os imóveis de um dormitório disponíveis."

Segundo ela, grande parte das pessoas que procuram a locação desiste ao ver que os preços são mais altos do que podem pagar.

"Quanto mais flexível, mais fácil de alugar. Se não dá em um bairro, procure em outro perto. Se não encontrou um com um dormitório, tente ver um de dois um pouco menor", recomenda.

FOCO

A escassez de unidades menores é explicada, sobretudo, pelo foco das construtoras em três e quatro quartos na segunda metade da década passada, quando houve um boom no mercado.

A estratégia permitiu vender unidades de alto padrão, muito amplas e com valores elevados. Mas com oferta elevada e preço do metro quadrado em alta, abriu-se espaço para os lançamentos de um-quarto.

Hoje, se tornaram uma tendência no mercado de novos, mas ainda não impedem a escassez, já que um empreendimento leva em torno de três anos para ficar pronto.

Diferentemente das quitinetes, comuns no centro, os novos compactos são projetos de alto padrão com muitos serviços pay-per-use (pague pelo uso), quase sempre com arquitetura moderna e condomínio com espaços para academia, salão de festas e piscina.

Eles, no entanto, não representam um alívio para o bolso de quem procura alternativas econômicas, já que ficam em áreas nobres.

O aluguel facilmente custa acima de R$ 2.500, mesmo no caso de apartamentos com apenas cerca de 30 m².

Para Fernando Sita, diretor da imobiliária Coelho da Fonseca, a comodidade dos serviços e a localização são chamarizes desses empreendimentos.

"Hoje, com o trânsito intenso, qualidade de vida é morar perto do trabalho."

Localização foi justamente um dos fatores que levaram a advogada Daniela Della Volpe, 33, a pesquisar dez imóveis até encontrar um que lhe agradasse, na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo). Achou um perto do trabalho, com boa estrutura e serviços variados no condomínio.

"Eu morava em um bem mais simples nos Jardins e pagava quase o mesmo valor. Valeu a pena pesquisar e pechinchar", afirma Daniela, a primeira moradora do apartamento recém-alugado.


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