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Vizinhos de Santana atraem lançamentos

Maioria dos vizinhos desova estoque mais rapidamente que o distrito, com foco em lançamentos de alto padrão

Valor do m² custa acima de R$ 7.000 no bairro e na Casa Verde; nos demais, fica abaixo de R$ 6.250, aponta estudo

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

A hegemonia de Santana nos lançamentos de imóveis de alto e altíssimo padrão continua inconteste na zona norte. Mas os empreendimentos de médio padrão (até R$ 500 mil), predominantes nos distritos ao redor como Casa Verde e Vila Guilherme, ganham cada vez mais espaço na região.

O motivo, apontado por especialistas do mercado imobiliário, é que Santana, por ter tido excesso de lançamentos acima de R$ 1 milhão, abriu espaço para empreendimentos mais baratos.

Do lado dos compradores, o interesse vem do fato de poderem morar no bairro mais cobiçado da região ou perto dele. No caso das incorporadoras, interessa explorar um mercado de clientes que desejam comprar um imóvel, mas não conseguem arcar com valores muito elevados.

João Henrique, superintendente de atendimento da imobiliária Lopes, afirma que os bairros vizinhos como Vila Maria, Vila Guilherme e Pirituba recebem uma grande quantidade de lançamentos de médio padrão.

Daniel Berrettini, gerente de marketing da incorporadora You, diz que a saturação de imóveis amplos e de alto padrão em Santana motivou a empresa a lançar um menor (com 71 metros quadrados).

Segundo ele, no fim de 2010 e em 2011, a incorporadora lançou dois empreendimentos na Casa Verde: "Em um deles, vendemos todas as unidades no lançamento. O bairro, durante muito tempo, teve escassez de imóveis".

Fabio Cury, presidente da incorporadora Cury, observa que o movimento de atração de empreendimentos para bairros próximos de outros consolidados é comum na cidade toda. Quanto a Santana, descarta mudança de perfil: "Imóveis de médio padrão ficarão restritos a ruas menos disputadas desse bairro".

Cristiane Crisci, diretora de inteligência de mercado da Lopes, diz que o metro quadrado nos bairros vizinhos a Santana apresenta valorização. "Santana já está 58% verticalizada. Com isso, locais próximos passam a receber novos empreendimentos", completa.

Em razão dessa maior oferta de imóveis, o estoque de outorga onerosa na Vila Guilherme e na Vila Maria está praticamente esgotado, o que restringe lançamentos lá. Esse instrumento permite às construtoras construir acima do limite básico pela prefeitura mediante pagamento.

ESTOQUE

Dos 115 lançamentos nos últimos três anos até outubro na zona norte, 66 têm pelo menos uma unidade à venda, segundo estudo inédito da Lopes. Na prática, 1.826 imóveis desses lançamentos estavam disponíveis em outubro, na data da pesquisa, ante as 13.235 lançadas.

Os apartamentos de altíssimo padrão apresentam o maior estoque proporcional (unidades não vendidas em relação ao total lançado).

Nessa modalidade, com preços acima de R$ 1,5 milhão, 48% ainda não foram comercializados. Em seguida vêm os de alto padrão, com 33% em estoque, cujos preços vão de R$ 500 mil a R$ 1,49 milhão.

Na divisão por bairros, Santana, com metro quadrado mediano custando R$ 7.400, tem o segundo maior estoque percentual da região -34% dos imóveis lançados em três anos. À frente desse distrito, está apenas a Vila Maria, com estoque de 35%.


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