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Produtora de maçãs faz ajuste para 'adubar' ações

Papéis caíram 80% em 8 anos; fundo vira acionista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A abertura de capital da Renar Maçãs, em 2005, foi uma surpresa por acontecer em um momento em que apenas grandes empresas tinham ações em Bolsa.

Mas a oferta pública da empresa de Fraiburgo (cidade de cerca de 35 mil habitantes a 350 km de Florianópolis) ocorreu mais tarde do que os seus donos esperavam.

Segundo Roberto Frey, 43, da família fundadora da empresa e principal executivo à época, as reuniões com corretoras e o planejamento começaram no ano 2000.

Mas os atentados do 11 de Setembro trouxeram instabilidade aos mercados e, então, nem a vantagem de ter as contas auditadas desde os anos 1990 foi suficiente.

O plano da Renar de entrar na Bolsa só foi sair do papel em 2005, mesmo período em que empresas como Cosan, CPFL, Gol e Natura fizeram sua estreia. Ela foi listada no Novo Mercado, segmento da Bolsa reservado para empresas que cumprem maiores exigências de governança.

Quando a operação foi concluída, em fevereiro de 2005, foram captados R$ 16 milhões. Foi a menor oferta de ações desde então, mas o executivo considera bem-sucedida a operação. "Houve uma procura 3,7 vezes maior do que o volume ofertado. Poderíamos ter ofertado mais ações no mercado ou papéis a um preço superior."

Apesar da boa avaliação da empresa no momento da captação, meses após a entrada na Bolsa os seus papéis tinham desvalorizado 50%. Hoje, são negociados por cerca de R$ 0,20 -na oferta inicial valiam R$ 1,60.

Mesmo com baixo interesse dos investidores da Bolsa, a abertura de capital trouxe benefícios associados à maior exposição da empresa, diz Frey. Em 2009, o fundo de "private equity" (compra de participação em empresas) Endurance Capital Partners fez um aporte na Renar e se tornou o sócio majoritário.

A expectativa dos atuais executivos da Renar é de recuperação de parte do valor das ações da empresa, atualmente a terceira maior produtora de maçãs do país, com uma produção de 49 mil toneladas de frutas ao ano.

Essa é a missão de Henrique Roloff, 37, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, contratado há um ano e meio pelo fundo de investimento.

O executivo afirma que o objetivo é aumentar a rentabilidade, o que significa se desfazer de pomares pouco produtivos e, com esses recursos, passar a comprar parte das maçãs de terceiros, pequenos produtores rurais.

Para Roloff, o principal fator de desvalorização das ações da Renar tem sido os maus resultados dos últimos três anos, consequência de tempestades de granizo.


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