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Alta do juro básico afeta o custo do empréstimo

Cálculo mostra impacto de maior taxa Selic nas parcelas e no valor final

Em caso de aumento, recomendação é trocar dívida pós-fixada, como a do cheque especial, pelo crédito pessoal

CAROLINA MATOS DE SÃO PAULO ANDERSON FIGO FELIPE PERONI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O esperado aumento do juro básico da economia hoje, de 0,25 ponto percentual ou 0,50 ponto percentual --principais apostas no mercado financeiro--, terá impacto no custo dos empréstimos.

Ainda que o reflexo seja pequeno sobre os juros ao consumidor, especialistas recomendam atenção às mudanças para evitar o endividamento descontrolado.

A simulação ao lado, feita pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), mostra qual seria o incremento nas parcelas e nos valores totais contratados em algumas das principais linhas de crédito disponíveis à pessoa física.

Os cálculos comparam empréstimos iniciados com o juro básico (taxa Selic) em 7,25% ao ano --o atual e o menor da história--, 7,50% ao ano e 7,75% ao ano.

Em geral, os empréstimos e financiamentos têm taxas prefixadas. Ou seja, que não se alteram depois de contratadas, independentemente do rumo do juro básico.

Mas também há empréstimos com taxa de juros pós-fixada (a que se altera ao longo do tempo), como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, alerta Erasmo Vieira, consultor da Planilhar Planejamento Financeiro.

"Um aumento da Selic agora teria impacto principalmente em empréstimos desse tipo", diz o especialista.

Vieira ressalta que o consumidor deve controlar melhor as finanças para evitar o cheque especial e o rotativo do cartão, que são linhas de crédito mais caras.

"Se a pessoa puder negociar a troca da dívida pós-fixada por uma com taxa de juros prefixada, deve fazer isso o quanto antes, pois o cenário indica alta da Selic daqui para frente", acrescenta.

William Eid, professor de finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (Fundação Getulio Vargas), também recomenda a troca de dívidas, do cartão de crédito pelo crédito pessoal, por exemplo.

"A pessoa pode tomar um empréstimo mais barato para quitar o mais caro", diz, ressaltando que convém pesquisar nos bancos para encontrar a menor taxa.

Eid destaca, no entanto, que é mais vantajoso pagar à vista, negociando descontos.

"Quando se pretende adquirir um bem de consumo durável, como uma geladeira, o melhor é se programar, abrir uma poupança e guardar dinheiro até conseguir comprar o produto", afirma.


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