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Caixa reforça imóveis e quer crédito rural

Banco faz reestruturação da cúpula e deve criar área de varejo, que concentrará micro e pequenas empresas

Objetivo é passar de quarto para terceiro maior banco do país nos próximos nove anos, em ativos totais

SHEILA D'AMORIM DE BRASÍLIA

A Caixa Econômica Federal anunciará nos próximos dias uma reestruturação em sua cúpula que envolverá, dentre outras mudanças, a criação de uma nova vice-presidência para cuidar exclusivamente de habitação.

A área é a especialidade do banco, que tem mais de 70% do mercado. Atualmente, está sob a responsabilidade do vice-presidente de Governo, José Urbano Duarte.

O executivo assumirá as novas funções, e o presidente do banco, o petista Jorge Hereda, negocia com a presidente Dilma a indicação de um nome para o cargo de Duarte. O Palácio do Planalto interfere diretamente nas mudanças, já que o banco é uma fonte de disputa de poder entre o PT e o PMDB.

Ainda não está claro qual dos partidos se beneficiará com a reforma. Mas uma das mudanças deve afetar a vice-presidência de Pessoa Jurídica, comandada pelo peemedebista Geddel Vieira Lima.

A proposta prevê a criação de uma vice-presidência de Varejo no lugar da vice de Rede e Distribuição. A área deve assumir micro e pequena empresas, retirando as atribuições que estão hoje com Geddel Vieira Lima.

A reestruturação envolverá a mudanças em outras vice-presidências, para verticalizar a administração.

Segundo pessoas ligadas ao banco, a reestruturação tem como meta levar a Caixa ao posto de terceiro maior banco do país nos próximos nove anos.

Hoje, dependendo do critério, a instituição financeira está, no máximo, em quarto lugar no país. Em ativos totais, um dos critérios mais usados, perde para Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, de acordo com ranking do BC.

A avaliação do governo é que a estratégia oficial de usar os bancos públicos para sustentar a concessão de empréstimos e reduzir os juros, adotada após a crise financeira de 2008, fez com que essas instituições ganhassem novos clientes que precisam de "mais atenção" --ou irão procurar outros bancos.

Acredita-se que, no cenário de juros baixos no Brasil, a competição se acirrará ainda mais entre os bancos. A Caixa encerrou 2012 com 65 milhões de clientes, 11% a mais do que 2011.

Historicamente o banco é visto como um grande agente imobiliário e gerenciador de programas do governo federal, como Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família.

As críticas são as de que a atividade comercial fica em segundo plano. A reestruturação quer reforçar a atuação nos segmentos em que o banco é líder e abrir espaço em novas áreas, como crédito rural, destacado como o de maior volume de crédito depois de habitação.

Cartões, seguros e empresas também devem ganhar atenção.


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