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País volta a cancelar compra de soja

MARCELO NINIO DE PEQUIM

Pela segunda vez em menos de 30 dias, importadores chineses decidiram cancelar a compra de soja brasileira alegando quebra de contrato. O motivo: atraso nos embarques causados por problemas logísticos no Brasil.

A informação foi dada ontem pelo senador e produtor de soja Blairo Maggi (PR-MT), que criticou duramente os gargalos de infraestrutura no Brasil: "É o fim do mundo".

Acompanhado do presidente da Aprosoja Brasil (Associação Brasileira de Produtores de Soja), Glauber Silveira, Maggi reuniu-se em Pequim com representantes do governo chinês e do setor de importação de alimentos.

Eles disseram desconhecer o volume exato da carga de soja cancelada pelos chineses, mas afirmaram que trata-se de "vários navios".

Segundo Maggi, um dos compradores chineses que decidiu cancelar a compra contou ter sido obrigado a fechar a sua processadora depois do atraso de 65 dias no embarque da soja em Santos.

Em março, a Sunrise, maior comercializadora de soja da China, anunciou que cancelaria a compra de quase 2 milhões de toneladas devido ao atraso no embarque.

A China é um mercado chave, pois compra 60% da soja exportada pelo Brasil.

Silveira enfatizou os danos gerados pela infraestrutura precária. "O Brasil está perdendo credibilidade", disse. Os compradores chineses afirmaram que os entraves farão com que troquem a soja do Brasil pela dos EUA.

Outro assunto discutido por Maggi e Silveira em Pequim foi a demora na aprovação pela China de duas novas semente de soja transgênica, mas não houve avanços.

Os pedidos do Brasil à espera de aprovação das autoridades chinesas são para dois tipos de sementes transgênicas: a Cultivance, da Embrapa-Basf, e a Intacta RR2, da Monsanto. Ambas foram aprovadas há um ano no Japão e na Europa.


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