Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Brasil eleva venda de açúcar em 69% no ano

O mercado mundial de açúcar está no terceiro ano de superavit mundial, com a produção superando a demanda. Mesmo assim, as exportações brasileiras continuam aquecidas.

O país colocou 6 milhões de toneladas do produto no mercado externo nos três primeiros meses deste ano, um volume 69% superior ao de igual período de 2012.

Plinio Nastari, presidente da Datagro, consultoria especializada no setor, diz que a preferência pelo açúcar brasileiro tem um motivo: a qualidade do produto.

As refinarias modernas, principalmente as do Oriente Médio, preferem o açúcar do Brasil devido à redução dos custos de processamento e dos resultados finais do produto processado.

As produções da América Central e da Ásia não têm a mesma qualidade que o produto nacional, segundo o presidente da Datagro.

O forte avanço das vendas externas no primeiro trimestre é uma questão conjuntural. O importante é ter a visão em uma perspectiva de 6 a 12 meses, diz Nastari.

A lista dos importadores do trimestre, que traz os Emirados Árabes Unidos na liderança, tem alterações em relação à de todo o ano de 2012, quando a China liderou.

Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam compras de 656 mil toneladas pelos Emirados Árabes, 114% mais do que no mesmo período de 2012.

No segundo posto vem a Índia, um concorrente do Brasil em períodos de boa safra por lá. Neste ano, os indianos já acumulam compras de 387 mil toneladas das usinas brasileiras, um volume 298% superior ao de janeiro a março do ano passado.

Nastari diz que em breve as compras indianas não vão se limitar apenas ao açúcar, mas devem se estender também ao etanol, devido à inserção maior desse combustível na matriz energética do país.

Apesar da alta das exportações em volume, o crescimento das receitas tem ritmo menor neste ano. As vendas de açúcar renderam US$ 2,9 bilhões, 35% mais do que de janeiro a março de 2012.

Durante todo o ano passado, as exportações somaram 24,3 milhões de toneladas, com receitas de US$ 12,8 bilhões. A China liderou as importações em 2012, comprando 1,1 milhão de toneladas, no valor de US$ 2,1 bilhões.

Safra cheia A safrinha de milho deverá atingir 41,6 milhões de toneladas. Esse volume se deve a um aumento de 10,3% na área, que atingirá 7,7 milhões de hectares.

Líder Os dados são da Safras & Mercado, que prevê uma produção de 16,4 milhões de toneladas em Mato Grosso, ante as 14,5 milhões na segunda safra 2012.

Nos EUA O plantio do cereal está atrasado no Meio-Oeste norte-americano. Mas as recentes chuvas levaram alívio à lavoura já plantada.

Preocupação O excesso de umidade nas regiões produtoras preocupa, no entanto, especialmente em razão da possibilidade de transbordamento de rios após o degelo, avalia a AgRural.

Megaleilão A Estância Bahia inicia hoje, em Água Boa (MT), o leilão de 33 mil bois de cria, recria e engorda. O leilão agita a cidade por várias semanas. Só a área para alojar os animais ocupa 600 hectares, divididos entre piquetes e currais.

Frango As exportações de frango para a Arábia Saudita somaram 175 mil toneladas no primeiro trimestre, 28% a mais do que em igual período de 2012.

Cenário bom O ano será próspero para o frango brasileiro nos países árabes, principalmente para as empresas que têm abate halal, diz Michel Alaby, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página