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Empresas do Porto do Açu serão investigadas
Sindicatos denunciam irregularidades em obra
O Ministério do Trabalho em Campos dos Goytacazes vai investigar as 172 empresas que atuam no Porto do Açu, do empresário Eike Batista, informou ontem o gerente regional da pasta na região, José Roberto Pessanha.
Até o momento, 25 empresas já foram autuadas. Elas terão dez dias para recorrer antes de serem multadas por 254 autuações.
A investigação foi motivada por denúncias de sindicatos de trabalhadores da construção civil sobre irregularidades nas obras do Porto do Açu, no norte do Estado do Rio de Janeiro.
A obra já havia apresentado problemas no início do ano, quando recebeu multa de R$ 1,3 milhão pelo aumento da salinidade no canal de Quitingute, que abastece São João da Barra, município onde está localizado o porto.
Parte das obras, na construção do quebra-mar, chegou a ser interditada.
Outros problemas foram a falta de equipamento de segurança e irregularidades nos registros dos funcionários, além de condições inadequadas em instalações.
De acordo com a LLX, empresa do grupo EBX responsável pela construção do Porto do Açu, a Acciona, empresa espanhola que está construindo o quebra-mar, já foi acionada para resolver o problema.
"A obra não está paralisada, apenas uma tarefa específica", afirmou a LLX, confirmando para este ano o início da operação do porto.
A LLX disse ainda que a fiscalização do MTE é "uma ação rotineira que acontece em todos os grandes empreendimentos de infraestrutura em construção no país", e que a empresa exige dos seus "parceiros" condutas adequadas à legislação.