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Jornal chinês mantém ponte com Pequim

DE SÃO PAULO

Com circulação estimada em 10 mil exemplares de terça a sábado, o "Jornal Chinês para a América do Sul" é o noticioso em língua estrangeira de maior apelo nas bancas da Liberdade, o bairro japonês de São Paulo, hoje também --e cada vez mais-- chinês.

Com dois cadernos coloridos, impressão e papel de qualidade, acompanha o noticiário local. Tem cobertura regular do trânsito e do clima e dedica uma página diária à América Latina, atenta à Argentina e à Venezuela, países próximos de Pequim.

Mas também publica informações de Taiwan e outros assuntos que interessam à comunidade chinesa no Brasil, que já alcança 300 mil, na estimativa de Yang Limin, da agência estatal Xinhua, que fornece parte do noticiário.

Entre repórteres, tradutores e fotógrafos, a Redação soma 15 profissionais. Sua distribuição, além de São Paulo e de cidades como Rio, Recife e Porto Alegre, abrange capitais sul-americanas como Buenos Aires e Lima.

CONCORRÊNCIA

Criado em 1996, o "Jornal Chinês para a América do Sul" reflete o período mais recente da imigração, nas últimas duas décadas, ligado ao norte da China.

Já o "Jornal Chinês Americana", que comemora seu 30º aniversário, reflete a primeira imigração, nos anos 50 e 60, de Taiwan e de Guangdong, no Sul. Seu diretor de redação, Lee Sang Tien, descreve o concorrente, com ironia, como um jornal "sob auspício do governo chinês".

Mas o "Americana" não se opõe a Pequim. Sua linha editorial defende a aproximação entre "a ilha de Formosa", como diz Lee, e o continente.

A manchete, no dia em que ele falou à Folha, saudava os 20 anos da reaproximação diplomática e comercial, "o quebra-gelo entre os dois países".

O "Americana" circula de terça a sábado como o concorrente, mas é uma publicação mais tradicional de comunidade e enfrenta os problemas típicos de envelhecimento do público.

"A geração nova tem dificuldade em aprender o chinês, que leva tempo, e temos perdido assinantes." A tiragem, diz ele, está entre 5.000 e 6.000 exemplares diários.

Um terceiro título, o "Jornal Taiwanês Semanal", que circulava às quartas, fechou no final do ano passado.

Era próximo do Partido Democrático taiwanês, que defende a separação da China continental e perdeu as últimas eleições. Na Associação Cultural Brasil-Taiwan, um diretor diz que "futuramente, quem sabe, o jornal começa de novo".


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