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Deficit vai crescer mais de 20 vezes, diz estudo da Previdência

PAULO MUZZOLON EDITOR-ADJUNTO DE "MERCADO"

O envelhecimento da população deverá fazer o rombo nas contas da Previdência Social aumentar mais de 20 vezes até 2050.

A previsão é que o Tesouro tenha de destinar R$ 41,8 bilhões para fechar os gastos com o pagamento de pensões e aposentadorias do INSS neste ano. O valor equivale a 0,86% do PIB orçado para 2013 (R$ 4,875 trilhões).

Essa relação deficit/PIB irá cair até 2016, quando será de 0,23% (R$ 15,2 bi), para inverter a curva e começar a subir no ano seguinte.

Para 2050, a Previdência estima um rombo de R$ 909 bilhões, 5,68% do PIB previsto para o ano (R$ 16 trilhões), segundo o estudo "Projeções atuariais para o Regime Geral da Previdência Social", que acompanha o projeto da Lei Orçamentária de 2014 enviado ao Congresso pelo Executivo em abril.

A causa disso, de acordo com o documento, é que o país irá envelhecer e terá mais gente apta para a aposentadoria que jovens suficientes para sustentar o sistema.

Esse cálculo é importante porque, no sistema brasileiro, são os trabalhadores da ativa que sustentam o benefício dos que estão aposentados.

Hoje, para cada pessoa com mais de 60 anos há 5,3 com idade economicamente ativa (de 16 a 59 anos) --e que, em tese, podem trabalhar e contribuir à Previdência. Em 2050, no entanto, o índice será de apenas 1,8 pessoa.

O texto não apresenta soluções, mas deixa claro que esse cenário trará pressões por mudanças.

"O trabalhador vai ter que pensar na previdência privada. O governo não tem como imprimir dinheiro para cobrir o deficit", diz o consultor em previdência Renato Follador.

Embora o governo já tenha falado sobre reformas para reduzir os gastos da Previdência, medidas recentes --como as desonerações da folha de mais de 40 setores-- apontam para um aumento dos gastos, e não para sua redução.


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